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PLANTÃO MÉDICO
Teste para passageiros
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Graças às aeronaves comerciais modernas, feriados
como os do Carnaval permitem viagens a locais distantes em longos voos diretos.
Mas os passageiros devem
ter em mente possíveis complicações de saúde nessas
viagens e os médicos deveriam diagnosticar as pessoas
com risco potencial para sugerir os cuidados necessários para uma viagem segura.
Esta é uma das recomendações dos médicos Danielle
Silverman e Mark Gendreau
em uma revisão sobre os
problemas médicos em voos
comerciais, publicada no periódico "Lancet".
Segundo eles, há um teste
de esforço simples para saber se a pessoa está apta a
viajar: percorrer rapidamente uma distância de 50 metros e subir apressadamente
os degraus de uma escadaria
sem perder o fôlego.
Há aeronaves que podem
voar por até 18 horas e, nessas condições, alguns passageiros passam por alterações
fisiológicas relacionadas ao
voo. Problemas pré-existentes no coração, pulmões ou
sangue podem provocar nos
passageiros desconforto pela
redução da pressão parcial
do oxigênio na cabine.
Os autores também lembram da associação entre a
trombose venosa e os voos:
aqueles com mais de oito horas aumentam o risco para o
passageiro. Em 75% dos casos, a trombose estava relacionada à imobilização e as
pessoas ocupavam as poltronas da janela ou do meio.
Eles sugerem ocupar preferencialmente a poltrona
do corredor, por facilitar a
locomoção. Por outro lado,
viajar na classe executiva ou
na econômica não representa diferença em termos de
prevenção da trombose.
Para as viagens de avião,
recomendam estar bem hidratado, reduzir o consumo
de álcool e cafeína, mudar de
posição no assento ou andar
e fazer periodicamente exercícios para a panturrilha.
julio@uol.com.br
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