São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010

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PLANTÃO MÉDICO

Teste para passageiros

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Graças às aeronaves comerciais modernas, feriados como os do Carnaval permitem viagens a locais distantes em longos voos diretos.
Mas os passageiros devem ter em mente possíveis complicações de saúde nessas viagens e os médicos deveriam diagnosticar as pessoas com risco potencial para sugerir os cuidados necessários para uma viagem segura.
Esta é uma das recomendações dos médicos Danielle Silverman e Mark Gendreau em uma revisão sobre os problemas médicos em voos comerciais, publicada no periódico "Lancet".
Segundo eles, há um teste de esforço simples para saber se a pessoa está apta a viajar: percorrer rapidamente uma distância de 50 metros e subir apressadamente os degraus de uma escadaria sem perder o fôlego.
Há aeronaves que podem voar por até 18 horas e, nessas condições, alguns passageiros passam por alterações fisiológicas relacionadas ao voo. Problemas pré-existentes no coração, pulmões ou sangue podem provocar nos passageiros desconforto pela redução da pressão parcial do oxigênio na cabine.
Os autores também lembram da associação entre a trombose venosa e os voos: aqueles com mais de oito horas aumentam o risco para o passageiro. Em 75% dos casos, a trombose estava relacionada à imobilização e as pessoas ocupavam as poltronas da janela ou do meio.
Eles sugerem ocupar preferencialmente a poltrona do corredor, por facilitar a locomoção. Por outro lado, viajar na classe executiva ou na econômica não representa diferença em termos de prevenção da trombose.
Para as viagens de avião, recomendam estar bem hidratado, reduzir o consumo de álcool e cafeína, mudar de posição no assento ou andar e fazer periodicamente exercícios para a panturrilha.

julio@uol.com.br


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