São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2011

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Circuncisão previne transmissão do HPV

Pesquisa descobriu que a contaminação das parceiras de homens operados é menor

DA REUTERS

Além de aumentar a proteção contra a Aids, a circuncisão masculina também pode ser útil contra o papilomavírus (HPV), que provoca o câncer cervical.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) descobriram que mulheres e namoradas de homens circuncidados tinham um risco 28% menor de se infectarem pelo vírus, se comparadas às companheiras de homens não operados.
O estudo foi publicado no periódico médico "Lancet".
Entre 2003 e 2006, os pesquisadores analisaram dados de mil mulheres de Rakai, em Uganda, identificadas por seus companheiros como parceiras sexuais fixas e não infectadas pelo HIV.
Depois de dois anos de pesquisa, os autores do estudo descobriram que 27,8% das parceiras dos homens circuncidados estavam infectadas pelo HPV.
Entre as companheiras dos homens não operados, esse índice chegava a 38,7%.
Os autores afirmam que a circuncisão é eficaz na prevenção do HPV, mas não dispensa o uso da camisinha.
O câncer cervical é o segundo tipo de tumor mais comum nas mulheres em todo o mundo. Estima-se que a doença mate até 328 mil mulheres neste ano -a maioria em países em desenvolvimento e sem acesso a vacinas contra o vírus transmissor.
A circuncisão remove a sobra de pele no pênis e o deixa menos vulnerável a uma série de infecções. Além do HIV e do HPV, pode proteger contra úlceras genitais, tricomoníase e vaginose bacteriana em mulheres.


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