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Acesso ao tratamento é difícil no país
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O crescimento do número de unidades de diálise no Brasil não acompanha o aumento da quantidade de pacientes que precisam usá-las.
Segundo o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a quantidade de
clínicas de diálise cresceu
16% entre 2000 e 2009.
Em 2000, eram 524 clínicas no país; hoje, elas são
626 no total.
De acordo com um estudo da Associação Brasileira dos Centros de Diálises
e Transplantes, apresentado ao Ministério da Saúde e à Anvisa (Agência de
Vigilância Sanitária) em
2009, o país teria que criar
6.000 vagas de diálise por
ano para atender a todos
os pacientes que necessitam do tratamento.
A pesquisa foi feita com
311 clínicas da ABCDT. O
ideal, segundo a entidade,
é que cada clínica atenda,
no máximo, 200 pacientes. De acordo com o estudo, 42 delas atendem pacientes além do limite.
"O número de pacientes
cresce de 7% a 10% ao ano,
e o de clínicas, 4%", afirma
Paulo Luconi, presidente
da ABCDT. Segundo o estudo da entidade, hoje há
um sucateamento das unidades de diálise e estagnação do número de vagas.
De acordo com Carmen
Tzanno, nefrologista da
SBN, outro problema relacionado ao acesso dos pacientes às unidades de diálise é a concentração das
clínicas nas capitais e,
principalmente, na região
Sudeste. Hoje, dos cerca
de 3.500 nefrologistas no
país, 800 estão no Estado
de São Paulo.
(MV)
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