São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acesso ao tratamento é difícil no país

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O crescimento do número de unidades de diálise no Brasil não acompanha o aumento da quantidade de pacientes que precisam usá-las.
Segundo o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a quantidade de clínicas de diálise cresceu 16% entre 2000 e 2009. Em 2000, eram 524 clínicas no país; hoje, elas são 626 no total.
De acordo com um estudo da Associação Brasileira dos Centros de Diálises e Transplantes, apresentado ao Ministério da Saúde e à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) em 2009, o país teria que criar 6.000 vagas de diálise por ano para atender a todos os pacientes que necessitam do tratamento.
A pesquisa foi feita com 311 clínicas da ABCDT. O ideal, segundo a entidade, é que cada clínica atenda, no máximo, 200 pacientes. De acordo com o estudo, 42 delas atendem pacientes além do limite.
"O número de pacientes cresce de 7% a 10% ao ano, e o de clínicas, 4%", afirma Paulo Luconi, presidente da ABCDT. Segundo o estudo da entidade, hoje há um sucateamento das unidades de diálise e estagnação do número de vagas.
De acordo com Carmen Tzanno, nefrologista da SBN, outro problema relacionado ao acesso dos pacientes às unidades de diálise é a concentração das clínicas nas capitais e, principalmente, na região Sudeste. Hoje, dos cerca de 3.500 nefrologistas no país, 800 estão no Estado de São Paulo. (MV)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Foco: Albert Einstein triplica capacidade de realizar transplantes de medula
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.