São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

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Países ricos prometem tratar 15 milhões de pessoas com Aids

Compromisso firmado em cúpula da ONU deve ser atingido até 2015

Shannon Stapleton/Reuters
Manifestantes marcham em frente à sede da ONU, em Nova York, durante cúpula da Aids

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Países reunidos em cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a Aids, em Nova York, se comprometeram a dar tratamento para 15 milhões de pessoas com o vírus HIV em países pobres até o ano de 2015.
Os países ricos, fonte principal do financiamento na luta contra a Aids, fecharam o acordo após discussões que terminaram na quarta-feira.
Na versão final do documento da cúpula, os países participantes reafirmaram o compromisso com o acesso universal ao tratamento com antirretrovirais.
O acordo também pretende acabar com a transmissão vertical do vírus (de mãe para filho) até 2015 e intensificar as medidas preventivas nos países pobres.
Embora o número de doentes tratados tenha aumentado dez vezes nos últimos cinco anos e chegado a 6 milhões de pessoas, ainda há 10 milhões de soropositivos sem acesso às drogas necessárias nos países mais pobres.
Cerca de US$ 10 bilhões são gastos por ano em drogas contra a Aids. A ONU estima que seriam necessários mais US$ 6 bilhões para garantir o tratamento universal.

"ZERO INFECÇÕES"
O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse à cúpula que o objetivo internacional hoje deve ser eliminar a Aids até 2020, com "zero infecções, zero estigma e zero mortes relacionadas à doença".
Ele ainda fez um chamado às nações, "para que se reúnam na solidariedade como nunca" para universalizar o acesso ao tratamento.
A cúpula prometeu trabalhar para diminuir custos dos medicamentos ao estimular o comércio de genéricos e outros remédios de baixo custo.
Organizada por ocasião do 30º aniversário da descoberta dos primeiros casos de Aids, a cúpula de três dias da ONU tem como objetivo definir estratégias de combate à epidemia viral.
Presente em Nova York, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, afirmou ontem que a declaração final "é um bom documento", que está levando em conta "a maioria das preocupações" dos países latino-americanos.


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