São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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CFM diz que não há dados consistentes sobre técnica

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cirurgião plástico Ithamar Stocchero, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Tecidos e Estudos das Células-Tronco, explica que o uso de células-tronco em cirurgia plástica ainda não existe. "Já é possível transformá-las no tecido desejado, mas ainda não temos esse domínio no ser humano. Em termos de estética, faltam indutores que transformem a célula-tronco no tecido que queremos."
Segundo o médico, o que existe é o uso de gordura enriquecida com células-tronco, como o procedimento feito pelo cirurgião austríaco Karl-Georg Heinrich.
"Na prática não há diferença. Ela é processada na própria sala de cirurgia, se junta à gordura aspirada e é injetada nos seios, com a expectativa de que a mistura dê mais durabilidade e previsibilidade ao enxerto."
Stocchero cita resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que diz que, no Brasil, nenhuma terapia com células-tronco para fins estéticos pode ser confirmada. Nos Estados Unidos, há uma determinação similar, segundo o cirurgião.
De acordo com a nota divulgada no ano passado pelo conselho, "o método tem sido apresentado em eventos de cirurgia plástica, mas não há consenso sobre sua validade ""trata-se de variação do já conhecido enxerto de gordura, praticado há 20 anos, e não há dados consistentes sobre a existência de células-tronco no material."
No entanto, o médico diz acreditar que as células-tronco podem ser aproveitadas pela medicina estética depois de mais pesquisas.
"O futuro da cirurgia plástica passará pelas células-tronco sem dúvida, mas ainda não temos o domínio. É como pilotar uma Ferrari sem conhecer os comandos." (MP)



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