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PLANTÃO MÉDICO
JULIO ABRAMCZYK julio@uol.com.br
Os danos colaterais no câncer
NOVAS DROGAS e as recentes formas desenvolvidas na
luta contra o câncer têm sido
muito efetivas.
Entretanto, algumas substâncias podem levar à insuficiência cardíaca, problema
que dificulta o bombeamento
de sangue pelo coração.
Editorial do número especial de "Progress in Cardiovascular Disease" assinala
que, atualmente, pacientes
no estágio inicial do câncer
de mama parecem estar mais
perto da morte por cardiopatia do que pelo tumor.
Na mesma publicação, G.
Curigliano e colaboradores
do Instituto Europeu de Oncologia em Milão, Itália, assinalam que o advento de agentes
biológicos, como os anticorpos monoclonais e outros da
classe da antraciclina, revolucionou o tratamento.
Entretanto, apesar dessa
terapêutica atingir especificamente o alvo e ser menos
tóxica do que a quimioterapia
tradicional, têm sido observadas raras, porém importantes
complicações associadas à
cardiotoxicidade.
Por esses motivos, cardiologistas americanos e italianos fundaram a Sociedade
Internacional de Oncologia,
que organizou o 2º. Simpósio
Internacional de Cardioncologia, encerrado ontem nos
EUA. Os especialistas sugerem criar a disciplina de Cardioncologia nas escolas médicas, visando ao estudo e
controle dos danos colaterais
no aparelho circulatório durante o tratamento do câncer.
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