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Fone bluetooth reduz exposição às ondas emitidas pelo celular
Especialistas recomendam manter o telefone longe da orelha
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE
No fim do mês passado, um comitê de especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou as ondas do celular como "possivelmente cancerígenas".
O uso de fones é uma das recomendações da OMS para quem quer se precaver, ainda que não haja prova de riscos causados pelo celular.
Mas será que os fones com bluetooth, tecnologia de comunicação sem fio por ondas eletromagnéticas, reduzem a exposição à radiação?
Segundo especialistas, sim. Como o bluetooth do fone tem baixo alcance (não passa de alguns metros), ele precisa de uma potência cerca de dez vezes menor para transmitir seu sinal.
"A probabilidade de o bluetooth causar problema é bem menor do que o celular", diz Mário Leite Pereira Filho, chefe do laboratório de equipamentos elétricos e ópticos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
O pesquisador destaca que não há certeza sobre se o bluetooth pode causar danos à saúde.
Segundo o biomédico Renato Sabbatini, da Unicamp, pessoas que querem se precaver devem preferir o fone com fio ou o viva voz. "Nesses casos, o campo eletromagnético é desprezível."
O que se sabe até agora é que as ondas do celular e de outros aparelhos sem fio aquecem o corpo.
Mesmo assim, lembra Sabbatini, o calor que se sente ao falar com o celular na orelha tem mais relação com o aquecimento da bateria do que com o efeito das ondas.
Como o bluetooth usa muito menos potência do que o celular, seu efeito térmico é pelo menos 80% menor.
Para Sabbatini, as precauções são válidas, mas não há motivo para pânico. "O cérebro consegue se proteger contra alterações de temperatura muito maiores do que as causadas pelo celular."
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