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FOCO
Campanha alerta sobre riscos de sufocamento de crianças
JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
O sufocamento é a primeira causa de morte por acidentes com crianças até um ano
no Brasil. A estimativa é da
ONG Criança Segura, que
acaba de lançar uma campanha sobre alguns riscos que
ficam dentro de casa.
"Estudos mostram que pelo menos 90% dos acidentes
em casa poderiam ser prevenidos com atitudes simples",
afirma Jaqueline Magalhães,
coordenadora de mobilização da ONG.
No site da instituição
(www.crianca-segura.ning.com), há um aplicativo em que o internauta pode
ver cuidados específicos por
cômodos da casa (leia algumas orientações no quadro).
Os maiores riscos estão no
próprio quarto da criança.
Por um descuido, cobertor,
móbiles ou mesmo bichos de
pelúcia e brinquedos podem
se tornar perigosos.
Não é à toa que a campanha foi lançada perto do Dia
da Criança. "É um alerta.
Muitos pais dão brinquedos
inadequados para a idade e
acham que não tem problema", diz Magalhães.
Segundo a médica pediatra Anna Julia Sapienza, do
Hospital Infantil Sabará, falta de informação também pode fazer com que um acidente simples fique mais sério.
"É muito comum acontecer de a criança aspirar alguma coisa e os pais tentarem
tirar ou com as mãos ou dando um tapinhas nas costas."
Isso pode fazer com que o
objeto se movimente e cause
uma obstrução total, impedindo a respiração.
"Quando ela está chorando ou tossindo, não está correndo risco, não é preciso tirar o objeto na hora. O indicado é levar ao hospital."
Casos de obstrução total
são mais raros, de acordo
com Sapienza. "O risco é
maior com crianças mais novas. É preciso ficar atento
porque, quando acontece a
obstrução total, o bebê não
faz barulho nem chora."
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