São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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Um quarto das estudantes sofre risco de transtorno alimentar

Estudo revela que 64% delas estão insatisfeitas com seus corpos

GABRIELA CUPANI
DE SÃO PAULO

Um quarto das universitárias brasileiras apresenta comportamentos de risco para transtornos alimentares, como fazer dieta o tempo todo, se preocupar demais com calorias ou, ainda, provocar o vômito depois de comer.
O dado ainda não foi publicado e faz parte de uma pesquisa que avaliou a satisfação com imagem corporal de estudantes em todas as regiões do país.
A pesquisa mostra que 64% estão insatisfeitas com o próprio corpo e gostariam de ser diferentes do que são. Para piorar, a enorme maioria das jovens, 70%, tinha peso normal. Apenas 15% estavam acima do peso. As universitárias mais insatisfeitas estão na região Norte do país.
"Já imaginávamos encontrar alta taxa de insatisfação, mas o que chama a atenção é que mesmo as entrevistadas saudáveis estão insatisfeitas", diz a nutricionista Marle Alvarenga, uma das autoras.
"O modelo que é vendido do que é bonito é um corpo considerado desnutrido. E a insatisfação é alimentada pela cultura atual", analisa Alvarenga.
O estudo, que foi publicado no "Jornal Brasileiro de Psiquiatria", avaliou quase 2.500 jovens de 37 instituições de educação superior em todo o país, com idade média entre 21 e 26 anos, dependendo da região.


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