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Um quarto das estudantes sofre risco de transtorno alimentar
Estudo revela que 64% delas estão insatisfeitas com seus corpos
GABRIELA CUPANI
DE SÃO PAULO
Um quarto das universitárias brasileiras apresenta
comportamentos de risco para transtornos alimentares,
como fazer dieta o tempo todo, se preocupar demais com
calorias ou, ainda, provocar
o vômito depois de comer.
O dado ainda não foi publicado e faz parte de uma
pesquisa que avaliou a satisfação com imagem corporal
de estudantes em todas as regiões do país.
A pesquisa mostra que
64% estão insatisfeitas com o
próprio corpo e gostariam de
ser diferentes do que são. Para piorar, a enorme maioria
das jovens, 70%, tinha peso
normal. Apenas 15% estavam acima do peso. As universitárias mais insatisfeitas
estão na região Norte do país.
"Já imaginávamos encontrar alta taxa de insatisfação,
mas o que chama a atenção é
que mesmo as entrevistadas
saudáveis estão insatisfeitas", diz a nutricionista Marle
Alvarenga, uma das autoras.
"O modelo que é vendido
do que é bonito é um corpo
considerado desnutrido. E a
insatisfação é alimentada pela cultura atual", analisa Alvarenga.
O estudo, que foi publicado no "Jornal Brasileiro de
Psiquiatria", avaliou quase
2.500 jovens de 37 instituições de educação superior
em todo o país, com idade
média entre 21 e 26 anos, dependendo da região.
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