DA REPORTAGEM LOCAL

Células-tronco retiradas da gordura estão sendo usadas há quase dois anos na regeneração de pele e outros tecidos em cirurgias plásticas e procedimentos estéticos no Rio. Os estudos foram desenvolvidos pelo biólogo Radovan Borojevic, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo ele, a principal função dessas células extraídas da gordura tem sido a reconstituição de tecido adiposo, como nos casos de lipodistrofias. "As células-tronco extraídas dele são as mais interessantes para os processos de reparo, desde a revascularização até a reparação de tecidos ósseos."
Borojevic também avalia que o uso da gordura seja uma boa opção pela facilidade de acesso -basta uma punção na barriga- e em razão da quantidade de células-tronco que ela oferece.
O biólogo diz que só trabalha com a gordura do paciente para evitar rejeição. Para ele, a técnica poderá substituir enxertos que até então só eram feitos com o tecido adiposo total. "Esse tecido dá efeito imediato, mas o volume se perde rápido. As células adiposas são frágeis."
Os efeitos com as células-tronco surgem em até quatro semanas, diz Borojevic. "Às vezes, isso é frustrante porque o paciente gosta de resultado imediato." O procedimento já é feito em clínicas como a de Ivo Pitanguy. (CC)

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