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Pesquisa mostra diferenças mundiais no acesso a cirurgias
Em partes do continente africano, há uma sala de operação para cada 100 mil pessoas
DONALD MCNEIL JR.
DO "NEW YORK TIMES"
Os 2 bilhões de pessoas
mais ricas do mundo se beneficiam de 75% de todas as cirurgias feitas em um ano, enquanto os 2 bilhões mais pobres são submetidos apenas
a 4% desses procedimentos.
Como resultado da falta de
acesso a cirurgias, os mais
pobres muitas vezes morrem,
segundo um estudo publicado no "Lancet".
Muitos países não têm cirurgiões suficientes para lidar com partos difíceis, tumores, acidentes de carro e outras causas de morte comuns, diz o estudo.
Nessas regiões, não há como realizar uma cirurgia de
catarata, consertar defeitos
congênitos ou fazer outras
operações que melhoram as
vidas dos pacientes.
Mesmo quando cirurgiões
estavam disponíveis, as salas
de cirurgia não estavam.
O estudo perguntou a 769
hospitais em 92 países quantas salas de cirurgia cada um
tinha e quantas estavam
equipadas com oxímetros
-os clipes de dedo que medem a quantidade de oxigênio no sangue do paciente.
A pesquisa deduziu que
salas de cirurgia sem esse
dispositivo também não teriam outros itens essenciais,
como bombas de sucção, esterilizadores e sangue.
Em grande parte da África,
só havia uma sala de cirurgia
para cada 100 mil pessoas.
Nas regiões mais pobres da
Ásia e da América Latina, havia entre quatro e dez salas
para cada 100 mil pessoas.
Na Europa Ocidental,
América do Norte, Austrália e
Nova Zelândia, havia cerca
de 15. Na Europa Ocidental,
havia cerca de 25.
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