São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Pesquisa mostra diferenças mundiais no acesso a cirurgias

Em partes do continente africano, há uma sala de operação para cada 100 mil pessoas

DONALD MCNEIL JR.
DO "NEW YORK TIMES"

Os 2 bilhões de pessoas mais ricas do mundo se beneficiam de 75% de todas as cirurgias feitas em um ano, enquanto os 2 bilhões mais pobres são submetidos apenas a 4% desses procedimentos.
Como resultado da falta de acesso a cirurgias, os mais pobres muitas vezes morrem, segundo um estudo publicado no "Lancet".
Muitos países não têm cirurgiões suficientes para lidar com partos difíceis, tumores, acidentes de carro e outras causas de morte comuns, diz o estudo.
Nessas regiões, não há como realizar uma cirurgia de catarata, consertar defeitos congênitos ou fazer outras operações que melhoram as vidas dos pacientes.
Mesmo quando cirurgiões estavam disponíveis, as salas de cirurgia não estavam.
O estudo perguntou a 769 hospitais em 92 países quantas salas de cirurgia cada um tinha e quantas estavam equipadas com oxímetros -os clipes de dedo que medem a quantidade de oxigênio no sangue do paciente.
A pesquisa deduziu que salas de cirurgia sem esse dispositivo também não teriam outros itens essenciais, como bombas de sucção, esterilizadores e sangue.
Em grande parte da África, só havia uma sala de cirurgia para cada 100 mil pessoas. Nas regiões mais pobres da Ásia e da América Latina, havia entre quatro e dez salas para cada 100 mil pessoas.
Na Europa Ocidental, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, havia cerca de 15. Na Europa Ocidental, havia cerca de 25.


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