São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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PRÓSTATA

Rastreamento compulsório só existe na Áustria

DA REPORTAGEM LOCAL

O rastreamento compulsório para detecção precoce do câncer de próstata só é feito no Estado do Tirol, na Áustria, segundo o uro-oncologista Homero de Arruda, do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo.
Ele concorda com a posição do Instituto Nacional de Câncer, de não fazer exames de toque retal e de PSA em toda a população, mas faz ressalvas.
"A medida do Inca é certa em termos epidemiológicos, já que há outras prioridades na saúde pública como o diabetes e a hipertensão, mas é radical ao desaconselhar os exames. Continuarei explicando aos pacientes as complicações e morbidades da detecção precoce, mas não deixarei de examiná-los."
No Tirol, todos os homens de 40 a 70 anos são rastreados e tratados de graça pelo governo desde 1988. Estudos recentes relatam uma queda de 54% no índice de mortalidade pela doença no local em comparação com o resto do país -a principal hipótese é a detecção precoce.
Nos EUA e na Europa, o rastreamento não é compulsório, mas a entidade americana National Comprehensive Cancer Network e a européia European Society for Medical Oncology indicam os exames de toque retal e de PSA. Segundo Marcelo Aisen, do Centro Paulista de Oncologia, houve uma queda de 4% na mortalidade por câncer de próstata nos EUA em 2007. Isso é associado, diz, ao diagnóstico precoce da doença.


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