São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010 |
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O caminho da dor IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO Cada um sabe onde o seu calo dói. Ou acha que sabe. A dor é uma experiência muito mais complexa do que pode imaginar alguém que, por exemplo, acabou de dar uma simples topada. A Associação Internacional para o Estudo da Dor a define como uma experiência sensorial e emocional associada a uma lesão real ou potencial (que não ocorre no momento da percepção). Trocando em miúdos, o que nos faz sentir dor não é só o estímulo -a lesão-, mas as informações levadas pelas fibras nervosas a diferentes áreas do cérebro, que percebem que aquilo é dor. "A percepção da dor é muito mais próxima da memória do que do tato", afirma o neurologista Daniel Ciampi, do Grupo de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas de São Paulo. Onde quer que ela esteja, merece atenção. "A dor indica dano, doença ou perigo. É um mecanismo de alerta do nosso organismo", diz a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Grupo da Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo o reumatologista José Carlos Szajubok, professor da Faculdade de Medicina do ABC, entender os caminhos da dor não é solução, mas ajuda a lidar com ela. "Para quem tem dor sem uma causa "física" identificável, como na fibromialgia, perceber que sua dor é tão real quanto a de quem queimou a mão, por exemplo, é o primeiro passo para tratar o problema", diz Szajubok. Próximo Texto: Plantão médico - Julio Abramczyk: Trajetória de um professor Índice | Comunicar Erros |
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