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Inglaterra planeja criar maior banco de gêmeos
Arquivo terá informações sobre a saúde e o DNA
RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisadores do King's College London, na Inglaterra,
planejam reunir informações
sobre a saúde e o DNA de 300
mil pares de gêmeos para investigar as origens genéticas e
ambientais de doenças e comportamentos.
O "TwinBank" (banco de gêmeos) já tem o suporte do serviço público de saúde, mas ainda busca recursos financeiros.
Os cientistas pretendem
contatar 500 mil dos 640 mil
pares de gêmeos estimados na
Grã-Bretanha e recrutar 300
mil deles para o banco de dados, que permitirá comparar
gêmeos idênticos e não idênticos em escala inédita.
"O banco de gêmeos é importante para discriminar qual é o
papel da genética e do ambiente em determinadas doenças e
comportamentos frequentes,
como câncer, diabetes, autismo
e asma, em que cada vez mais os
genes estão sendo envolvidos",
afirma Decio Brunoni, coordenador do Centro de Genética
Médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com Salmo Raskin, presidente da Sociedade
Brasileira de Genética Clínica,
os estudos com gêmeos estão
sendo retomados após um intervalo graças aos avanços da
genômica, "que permitem estudar o genoma quase completo
das pessoas".
Para o médico, o projeto pretende reunir um grande número de participantes para tentar
detectar variabilidades raras
que são responsáveis por doenças frequentes -até hoje, o que
se fez foi o oposto, diz ele.
Outras aplicações incluem
investigações sobre epigenética, um fenômeno em que genes
são ligados e desligados, e temas de caráter social, como paternidade, educação e os efeitos
da pobreza.
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