São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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PLANTÃO MÉDICO

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Os problemas da tatuagem

ANTIGAMENTE, os presos preenchiam o tempo ocioso gravando em suas peles, ou na de seus companheiros, desenhos ou palavras.
Por isso, ao longo dos anos, algumas pessoas vêm sofrendo limitações sociais por terem uma tatuagem visível.
Nos últimos anos, há a impressão de que jovens livres de preconceitos aderiram à tatuagem, sem restrições. Entretanto, não é bem assim.
Michelle Larissa Zime Lise, da PUC-RS, analisa nos "Anais Brasileiros de Dermatologia" o perfil e o discurso de portadores de tatuagem.
O objetivo é entender motivações e percepções dos tatuados, apesar do restrito número de entrevistados (31 mulheres e 11 homens).
A opinião dos outros sobre a tatuagem, para a maioria deles, não é importante.
Apesar de quase todos negarem sensação de discriminação, pouco menos da metade já escondeu a tatuagem. Os autores observam existir uma diferença entre discurso e atos do tatuado, em relação ao contexto social.
A pesquisa destaca ainda riscos à saúde, tanto na aplicação da tatuagem (16%, hepatite B; 12% hepatite C; 0,5%, HIV), quanto na sua remoção, que deixa uma "desagradável e indelével cicatriz".
Eles lembram a necessidade de uma lei federal que normatize a formação dos tatuadores e a procedência das tintas, já que algumas podem ter substâncias cancerígenas.


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