|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DERMATOLOGIA
Acne é maior queixa de pele de brasileiros com até 45 anos
FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
A acne é o problema dermatológico mais comum na
população brasileira -afeta
56,4% das pessoas. É o que
mostra uma pesquisa feita
pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) em
parceria com a empresa de
cosméticos TheraSkin. Foram entrevistadas 1.500 pessoas em dez cidades.
Um levantamento feito em
2005 com dermatologistas já
havia apontado o problema
como o mais comum, mas a
nova pesquisa mostrou que a
acne foi a queixa mais frequente em pessoas de até 45
anos -depois dessa faixa
etária, as rugas lideraram.
"Esperávamos que a acne
fosse a reclamação principal
apenas nas faixas etárias
mais baixas", diz Omar Lupi,
presidente da SBD.
Uma possível explicação,
segundo o médico, é o uso de
hidratantes e filtros solares
não apropriados para cada tipo de pele, o que pode levar
ao aparecimento de cravos e
espinhas. "Muitos filtros solares são trazidos por multinacionais e não sofrem a correta adequação à pele do brasileiro e ao nosso clima. São
produtos untuosos [gordurosos], que, num clima tropical, podem agravar infecções
de pele e a própria acne", diz.
Das pessoas com acne,
apenas 22,1% procuraram
um dermatologista, e só 34%
dos usuários de produtos para o problema tiveram indicação de um médico -29%
usavam por conta própria e
23%, por recomendação de
amigos e familiares.
Os produtos usados no
combate à acne contêm antibióticos tópicos, e seu uso
sem orientação pode levar a
uma resistência bacteriana
ou à sensibilização do organismo àquele produto.
O uso de substâncias para
clarear a pele sem indicação
médica -o que ocorreu em
mais da metade dos casos no
levantamento- também foi
considerado preocupante.
"O despigmentante, usado
de forma errada, pode escurecer a pele ou causar uma
despigmentação irreversível,
além de ter alta chance de
sensibilização", diz Lupi.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre seu tipo de pele. A maioria tem pele oleosa, especialmente os homens -42,1%
deles disseram ter esse tipo
de pele, contra 28,5% das
mulheres. Isso ocorre por
questões hormonais: a testosterona aumenta a quantidade de glândulas sebáceas.
Texto Anterior: Em um ano, país tem queda de 7,9% em partos de adolescentes Próximo Texto: Campanha: Semana do Coração alerta sobre riscos da obesidade Índice
|