São Paulo, quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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DERMATOLOGIA

Acne é maior queixa de pele de brasileiros com até 45 anos

FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

A acne é o problema dermatológico mais comum na população brasileira -afeta 56,4% das pessoas. É o que mostra uma pesquisa feita pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) em parceria com a empresa de cosméticos TheraSkin. Foram entrevistadas 1.500 pessoas em dez cidades.
Um levantamento feito em 2005 com dermatologistas já havia apontado o problema como o mais comum, mas a nova pesquisa mostrou que a acne foi a queixa mais frequente em pessoas de até 45 anos -depois dessa faixa etária, as rugas lideraram. "Esperávamos que a acne fosse a reclamação principal apenas nas faixas etárias mais baixas", diz Omar Lupi, presidente da SBD.
Uma possível explicação, segundo o médico, é o uso de hidratantes e filtros solares não apropriados para cada tipo de pele, o que pode levar ao aparecimento de cravos e espinhas. "Muitos filtros solares são trazidos por multinacionais e não sofrem a correta adequação à pele do brasileiro e ao nosso clima. São produtos untuosos [gordurosos], que, num clima tropical, podem agravar infecções de pele e a própria acne", diz.
Das pessoas com acne, apenas 22,1% procuraram um dermatologista, e só 34% dos usuários de produtos para o problema tiveram indicação de um médico -29% usavam por conta própria e 23%, por recomendação de amigos e familiares.
Os produtos usados no combate à acne contêm antibióticos tópicos, e seu uso sem orientação pode levar a uma resistência bacteriana ou à sensibilização do organismo àquele produto.
O uso de substâncias para clarear a pele sem indicação médica -o que ocorreu em mais da metade dos casos no levantamento- também foi considerado preocupante. "O despigmentante, usado de forma errada, pode escurecer a pele ou causar uma despigmentação irreversível, além de ter alta chance de sensibilização", diz Lupi.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre seu tipo de pele. A maioria tem pele oleosa, especialmente os homens -42,1% deles disseram ter esse tipo de pele, contra 28,5% das mulheres. Isso ocorre por questões hormonais: a testosterona aumenta a quantidade de glândulas sebáceas.


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