São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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FOCO

ONG constrói centro infantil de cuidados paliativos em SP

Karime Xavier/Folhapress
Payla Isacksson, 7, com sua mãe, em tratamento no Tucca

MARIANA PASTORE
SÃO PAULO

A construção do primeiro hospice pediátrico do Brasil começou ontem em Itaquera, zona leste de São Paulo. A iniciativa é da ONG Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer).
Os hospices são casas para os doentes sem chance de cura passarem as últimas semanas de vida, com todo o suporte médico de que precisam, mas ao lado da família e sem o ambiente e as restrições típicas de um hospital.
O espaço vai se chamar Hospice Francesco Leonardo Beira, em homenagem ao garoto Francesco, que morreu aos 11 anos de um tumor cerebral. Parte do projeto foi financiada com a poupança do menino que, diferentemente das crianças atendidas pelo Tucca, era de família rica.
O hospice deve ficar pronto em oito meses. O Tucca, hoje, recebe pacientes de todo o país, em parceria com o Hospital Santa Marcelina, e atende 35 crianças por dia.
Segundo o oncologista Sidnei Epelman, presidente do Tucca, as taxas de cura de quem procura atendimento é de 80%. O hospice receberá os outros 20%.
Serão três suítes, para receber até três famílias grandes. "O hospice tem um caráter qualitativo e intimista. Nos últimos meses de vida, tem de dar conforto e carinho para a criança e a família", diz o oncologista.
A técnica em enfermagem Priscila Isacksson, 28, de Macapá (AP), chegou a São Paulo há três meses com filha Payla, 7, que tem leucemia e está em tratamento na associação. "Minha filha prefere ser tratada aqui no Tucca do que no hospital, mas já quer ir para casa."


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