São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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Realidade virtual é ferramenta para tratar labirintite

Aparelho fornece estímulos visuais para que o paciente treine o equilíbrio do corpo

Danilo Verpa/Folhapress
Edna Parra, funcionária da Unifesp, mostra
equipamento usado para evitar tontura


IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A realidade virtual está ajudando pacientes com labirintite a evitar tontura e náusea, principais manifestações do distúrbio.
Em um tratamento oferecido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o paciente fica imerso em um ambiente virtual onde pode treinar, com segurança, os sistemas que respondem pelo equilíbrio do corpo.
No labirinto (ouvido interno), fica o sistema vestibular, encarregado de informar o sistema nervoso central sobre a posição e os movimentos da cabeça. Lesões nessa região alteram o sistema.
Segundo Fernando Ganança, professor de otologia e otoneurologia da Unifesp, o sistema vestibular, se estimulado da maneira certa, pode voltar a funcionar como antes da lesão.
Aí entra a realidade virtual. Por meio de um equipamento, estímulos visuais são oferecidos para o paciente se movimentar como se estivesse em um ambiente real. Ele é submetido a desafios ao equilíbrio, com objetos que se movem à sua frente.
Há também joguinhos, em que os movimentos do corpo deslocam peças em um labirinto, por exemplo.
Além de usar óculos especiais, para entrar no mundo virtual das imagens, a pessoa fica sobre uma plataforma instável, que registra as oscilações do corpo. Para evitar quedas, um tipo de cinturão é amarrado ao paciente.
A plataforma, além de acrescentar estímulos ao treinamento de equilíbrio, permite ao médico medir os avanços do tratamento.
O treinamento para recuperar o equilíbrio dura em média dois meses, de acordo com Ganança. As sessões, de 45 minutos, são feitas de duas a três vezes por semana. No decorrer do tratamento, os estímulos visuais vão se tornando progressivamente mais difíceis.

ONDE ENCONTRAR
A Unifesp é o único serviço público no Brasil a oferecer esse tipo de tratamento. O interessado deve passar por consulta com médico do departamento de otorrinolaringologia (r. Pedro de Toledo, 947, Vila Clementino, São Paulo). A consulta é marcada no mesmo local.


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