|
Texto Anterior | Índice
Plantão Médico
Nariz artificial detecta câncer
JULIO ABRAMCZYK
ENVIADO ESPECIAL A TEL-AVIV
Aos 33 anos, Hassam
Haick, da Faculdade Tecnion de Engenharia Química
de Israel e do Instituto Russel Bernie de Nanotecnologia, é um dos 35 principais
jovens cientistas do mundo,
segundo a revista do MIT
(Instituto de Tecnologia de
Massachussets, nos EUA).
Ele explicou aos participantes da 19ª Conferência
Internacional da Associação
Médica de Israel, realizada
nesta semana em Tel-Aviv, a
principal função de um nariz
artificial por ele desenvolvido com base em princípios
da nanotecnologia.
Por meio do hálito expelido no bocal do aparelho, é
possível identificar portadores de diversas formas de
câncer.
Uma pessoa, ao assoprar,
envia seu hálito a sensores
nanométricos que podem
detectar precocemente um
câncer em seu período inicial, antes mesmo de ser iniciada a disseminação da
doença por meio das denominadas metástases.
Por outro lado, o aparelho
também pode afastar hipóteses relacionadas à presença de câncer em uma pessoa
sem a doença. O teste definitivo foi realizado no Centro
Médico do Hospital Rambam, em Haifa.
Em 102 pacientes submetidos ao exame, foi possível
diferenciar as pessoas sadias
das portadoras de tumor e
em qual órgão ele se desenvolveu com um índice de
acerto de 92%.
Uma série de receptores
dos sensores responde ao vapor produzido pelo hálito e
identifica uma variedade de
substâncias.
Os sensores, compostos
por silicone, nanotubos de
carbono e monocamadas de
materiais orgânicos, podem
então classificar, identificar
e quantificar diferentes biomarcadores de doenças, como câncer de cabeça, pescoço, pulmão e insuficiência
renal, de forma segura.
Texto Anterior: Frase Índice
|