São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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"Não é justo considerar como droga de 2ª linha'

DE SÃO PAULO

Similares e genéricos produzidos no país por indústrias de capital nacional e estrangeiro obedecem os rigores legais e técnicos de comprovação de eficácia, segurança e qualidade, dizem os laboratórios.
"Não é justo considerar os similares como medicamentos de segunda linha e dizer que eles não têm qualidade", diz nota da Alanac, a associação dos laboratórios nacionais.
A Alanac afirma que a maioria dos remédios similares já passou por esses testes de bioequivalência, idênticos aos que são submetidos os genéricos.
"Questionar a qualidade do medicamento similar é um equívoco cometido com frequência por entidades das áreas médica, farmacêutica, do atacado e do varejo farmacêutico."
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa não dispor da informação sobre o percentual de remédios similares que já passaram pelos testes de bioequivalência, mas afirma que outros testes aleatórios já são feitos, o que garantiria a qualidade dos medicamentos genéricos e dos similares.
Os testes são feitos por quatro laboratórios oficiais que participam do Proveme (Programa Nacional de Verificação da Qualidade de Medicamentos).
A cada 12 meses, são analisadas 1.055 amostras de remédios. Na última avaliação, houve 20 interdições.
O hospital Albert Einstein faz a sua própria certificação de medicamentos. Em vez de equivalência farmacêutica (teste "in vitro") e bioequivalência ("in vivo"), baseia-se nos resultados que a droga obtém em situações clínicas reais ("outcome").
A ideia, como explica o diretor-superintendente, Luiz Vicente Rizzo, é testar, ao longo dos próximos anos, cerca de 52 mil itens. Nesse processo, alguns genéricos foram incluídos na farmácia do hospital e outros, excluídos. Os similares nem são testados porque, se fossem, a lista teria mais de 150 mil itens, diz Rizzo.


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