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Nova tecnologia ajuda na detecção da pré-eclampsia
Técnica investiga proteínas que se modificam na placenta
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma nova tecnologia poderá
ajudar médicos a diagnosticar
mais precocemente a pré-eclampsia, doença hipertensiva
da gravidez que figura como a
principal causa de morte conjunta de mães e bebês no Brasil.
Pesquisadores da Universidade de Western Ontario (Canadá) anunciaram que a nova
tecnologia investiga um grupo
de proteínas e biomarcadores
cujos níveis são modificados na
placenta das mulheres que desenvolvem pré-eclampsia.
Segundo o professor Victor
Han, um dos líderes da pesquisa, o desenvolvimento anormal
da placenta estaria ligado à expressão de genes ou à liberação
de substâncias ainda indefinidas no sistema circulatório da
mãe. "Esses fatores também
causam restrição de energia para o feto e seriam uma causa de
peso baixo de nascimento", disse à Folha Han, também diretor científico do Child Health
Research Institute.
Essas complicações podem
comprometer, no futuro, a saúde dos prematuros, levando a
doenças como diabetes e ataques cardíacos, segundo Han.
A pré-eclampsia pode surgir
em até 10% de todas as gravidezes. Dados da Organização
Mundial da Saúde mostram
que ela é responsável por 18%
das mortes das gestantes e por
80 mil nascimentos prematuros- além de ser associada a
problemas no filho, como paralisia cerebral e retardo mental.
Para Han, a pesquisa é altamente relevante para a prevenção da pré-eclampsia, especialmente a que se apresenta antes
de 28 semanas de gestação, que
exige cuidados intensos.
Infertilidade
Nesta semana, um outro estudo, do Instituto Norueguês
de Saúde Pública, revelou que
mulheres que já sofreram abortos espontâneos ou que fizeram
tratamento hormonal para fertilidade podem ter um maior
risco de sofrer pré-eclampsia.
Foram avaliadas 20 mil
mães. Em geral, elas tinham
5,2% de chance de sofrer a
complicação. Porém, esse risco
aumentou em 50% para aquelas que já tinham tido três ou
mais abortos espontâneos, e
em 25% para as mulheres que
fizeram tratamentos contra a
infertilidade. Entre aquelas
com ambas as condições, as
chances de desenvolver pré-eclampsia seriam de 13%.
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