São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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Em 5 minutos, mulher dá à luz 6 meninos e 2 meninas de uma vez na Califórnia

Eric Kayne/Associated Press
A nigeriana Nkem Chukwu comemora o 10º aniversário de sete de seus óctuplos no Texas

JULLIANE SILVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mulher deu à luz de uma única vez oito bebês em um hospital da Califórnia (EUA). Os seis meninos e as duas meninas nasceram por cesariana em cinco minutos. Os médicos planejaram o parto e decidiram realizar a cirurgia quando a mãe completasse 30 semanas de gestação.
Apesar do planejamento, a equipe médica se surpreendeu com o número de bebês -eram esperados sete filhos. Denominando-os com letras de A a G, ficaram surpresos com o surgimento do "H".
Os óctuplos nasceram com peso entre 820 g e 1.470 g, considerado razoável para as condições da gravidez. "O peso melhora o prognóstico, mas mesmo assim é complicado. É preciso analisar a maturidade pulmonar, por exemplo, e ver como eles vão reagir na UTI", diz Renato Fraietta, do grupo de reprodução humana da Unifesp.
Para o especialista, gestações múltiplas trazem mais riscos para a mãe e para o bebê. "O útero da mulher foi desenvolvido para gerar um único bebê. Dois vão bem, mas uma gravidez com três ou mais filhos favorece parto prematuro, entre outras complicações. Quanto mais múltipla for a gestação, maior a complicação." Já a mulher sofre mais de inchaço e tem mais chance de desenvolver diabetes gestacional.

Outros casos
Em 1998, a nigeriana Nkem Chukwu deu à luz oito filhos no Texas (EUA), sendo que sete sobreviveram.
Na época, ela relatou que a equipe médica sugeriu que retirasse alguns bebês para aumentar as chances de sobrevivência dos outros, o que ela se negou a fazer.
Segundo Fraietta, no Brasil a maior gestação múltipla registrada é de quíntuplos. O primeiro caso foi registrado em 1998, em São Paulo. Um segundo caso, no Rio de Janeiro, ocorreu em 2000. Em 2007, registrou-se um raro caso de gravidez natural de quíntuplos, mas um bebê morreu ainda no útero.
Fraietta diz que, para evitar riscos, na fertilização in vitro (que propicia gestações múltiplas) procura-se fazer transferência do menor número de embriões possível. "Seguimos a recomendação do Conselho Federal de Medicina, que indica a transferência máxima de quatro embriões. Ter de retirar embriões é muito traumatizante e, no Brasil, não podemos indicar aborto nesse caso."


Com agências internacionais


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