São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2010

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EUA tentam mudar quadro com campanha de nutrição

Primeira-dama lidera o programa que pretende erradicar a obesidade infantil naquele país em uma geração

DO RIO

Uma em cada três crianças americanas está acima do peso ou obesa. Para combater a obesidade infantil, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, lançou uma campanha este ano intitulada "Let's Move" (Vamos nos Mexer) com informações e dicas para pais e crianças.
Em um esforço conjunto, o governo lançou também uma força-tarefa para revisar as políticas de nutrição infantil e atividade física. A meta é erradicar a obesidade infantil em uma geração.
Na prática, isso significaria retornar a uma taxa de obesidade entre as crianças de 5% até 2030.
Dados do Center for Disease Control (Centro para Controle de Doenças) mostram que o percentual de crianças obesas de 6 a 11 anos saltou de 4% na década de 1970 para 19,6% em 2008.
Além de se tratar de um problema de política pública de saúde, a obesidade nos EUA tem impactos cada vez maiores nos gastos do governo. Em dez anos, os custos com saúde relacionados ao problema subiram mais de 260% e chegaram a US$ 147 bilhões/ano em 2008.
O governo estima que uma em cada três crianças nascidas a partir do ano 2000 sofrerá, em algum ponto da vida, de diabetes ou de outras doenças ligadas à obesidade.
A explosão da obesidade entre crianças está ligada ao aumento do sedentarismo e a um cardápio muito calórico e pobre em nutrientes.
A criança americana gasta em média 7,5 horas por dia vendo TV, usando o celular e o computador e brincando com videogames.
Imagens do programa de TV "Food Revolution", lançado pelo chef inglês Jamie Oliver, mostram que em Huntington, na Virgínia, apontada como a cidade menos saudável dos EUA, as crianças comiam pizza e leite achocolatado no café da manhã servido na escola.


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