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Filósofa critica a "tirania" da amamentação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na contramão do pensamento atual, a filósofa e feminista francesa Elisabeth Badinter critica a obrigatoriedade da amamentação.
Ela acusa movimentos em
prol da saúde e do ambiente
de contribuírem com a regressão da mulher, ao limitá-la ao papel único de mãe e
exigir que essa atividade vire
trabalho em tempo integral.
Na visão de Badinter, os
ecologistas incitam as mulheres a ficar em casa para
cuidar dos filhos e ainda "impõem a tirania da mãe perfeita", que deve amamentar por
dois anos, preferir as fraldas
de pano em vez das descartáveis e alimentar as crianças
apenas com produtos naturais, preparados em casa.
Essas ideias estão no livro
"Le Conflit: la Femme et la
Mère" ("o conflito: a mulher
e a mãe"), que foi lançado na
França no começo do ano.
Além de figurar entre os livros mais vendidos no país
por várias semanas consecutivas, a obra de Elisabeth Badinter causou grande polêmica e suscitou críticas de
médicos pediatras, políticos,
ecologistas e até mesmo de
suas colegas feministas.
O livro deve ser lançado no
Brasil pela editora Record no
começo do ano que vem.
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