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Fumante trata depressão para vencer o vício
DA REPORTAGEM LOCAL
A funcionária pública Eli do
Nascimento Mota, 51, fuma há
34 anos e diz que tenta parar há
quatro. Sozinha, nunca conseguiu. "O máximo que consegui
foram 18 horas", diz.
Há cerca de um mês, Eli buscou ajuda no GAT (Grupo de
Apoio ao Tabagista) do Hospital A. C. Camargo. Diagnosticada com depressão, ela está tratando primeiramente esse problema. "Tive depressão quando
jovem, e o problema voltou por
causa do câncer [de mama, descoberto em julho deste ano].
Quero parar de fumar, mas é
muito difícil."
Eli conta que começou a fumar ainda adolescente, "por
brincadeira", com as amigas. Os
gastos com o vício eram alimentados pelo pai, também fumante. "Quando me dei conta,
estava viciada. Hoje, quando
estou nervosa, chego a fumar
quatro maços por dia, mais ou
menos um cigarro a cada 25 minutos. Se eu acordo de madrugada para ir ao banheiro, tenho
que fumar um cigarro."
Eli sabe que tem que parar de
fumar, especialmente por causa do tratamento contra o câncer. "Depois que operei, minha
família tirou os cinzeiros de casa. Achei que eu pararia, mas
não deu certo. Vamos ver se,
agora que estou tratando a depressão, eu consigo", disse.
(FB)
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