São Paulo, domingo, 08 de novembro de 2009

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Almeida Rocha - 2.nov.09/Folha Imagem
Evangélicos durante a 17ª Marcha para Jesus, na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo

Marcha para Jesus
"Tendo Jesus como senhor e salvador da minha vida, fiquei tentada a comparecer à Marcha para Jesus. Contudo, a minha ida em nenhum momento teria sido para revogar a condenação da Justiça sobre os líderes da Renascer. A marcha seria para Jesus, e não para os Hernandes.
O expressivo número de pessoas que, nas palavras do senador Crivella, revogaram a condenação desses líderes diz tão pouco quanto o expressivo número de pessoas que soltaram Barrabás e condenaram Jesus. Por favor, não tentem roubar a glória de Jesus na marcha."
FERNANDA MARIA DE LUCENA BUSSINGER (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de saber do pastor Crivella se acredita também que a livre expressão da condição sexual e a legitimação dos direitos homossexuais devem harmonizar-se com o direito à dignidade humana. Devemos lembrar que quem morre hoje, no vituperado regime democrático, são milhares de homossexuais que, Brasil afora, sofrem as atrocidades de ações homofóbicas. Situação com a qual compactuam os que no Congresso não defendem a criminalização da homofobia, permitindo o, este sim, odioso preconceito contra a dignidade da pessoa humana.
Os milhões de homossexuais que marcharam por essa dignidade não são condenados ao silêncio por portarem R$ 50 mil. São condenados por existir."
CARLOS EDUARDO RIBEIRO , doutorando em filosofia na USP (São Paulo, SP)

 

"Considero a imprensa preconceituosa, pois sempre que há alguma notícia sobre os eventos evangélicos, esta é vinculada aos escândalos, mesmo que os responsáveis já tenham assumido a culpa e respondido por ela. Não vejo isso nos eventos ligados à Igreja Católica, quando a notícia trata apenas do evento, muitas vezes parabenizando a iniciativa e os resultados, como se essa instituição fosse desprovida de escândalos -como a pedofilia, a riqueza do Vaticano e o favorecimento em leis que interferem até na nossa educação, entre outras coisas.
Nunca vi uma reportagem que tratasse das obras assistenciais das igrejas evangélicas, de quantos jovens saíram do mundo das drogas, das famílias que foram restauradas, dos trabalhos nos presídios e nas favelas, sem contar os milagres de cura. Deve haver uma explicação.
Ou as boas notícias não vendem jornal, ou há realmente uma perseguição às igrejas evangélicas que vão às ruas para louvar um único Deus.
O povo cristão ama o casal Hernandes. Apesar de terem errado, sabemos perdoar e enxergar as intenções do coração.
Assim como o apóstolo Paulo, que um dia perseguiu a Igreja de Cristo e depois se tornou um dos maiores pregador da palavra de Deus, esperamos que um dia a imprensa também possa enxergar sem preconceitos as igrejas evangélicas."
ANA LUCIA G. DE OLIVEIRA (Jundiaí, SP)

Lévi-Strauss
"A morte de Lévi-Strauss deixa uma lacuna no pensamento do processo civilizatório. Que suas análises sirvam para iluminar nossos antropólogos no sentido de ajudar a superar os angustiantes problemas sociais que ainda vivenciamos nestes trópicos tristes."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA , historiador (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Decepcionante a cobertura da morte de Lévi-Strauss. Que autoridade tem Caetano Veloso para ocupar a maior parte dela?
E são revoltantes as considerações de João Pereira Coutinho sobre o relativismo cultural. A antropologia não se teria firmado se sua base teórica fosse tão contraditória como ele diz."
CARLOS HENRIQUE BRETÃO (São Paulo, SP)

 

"Li o bom material sobre a morte de Lévi-Strauss -inclusive a insinuação, a meu ver maledicente, de João Pereira Coutinho de que o estruturalismo justifica a validade de um regime nazista pela negação do positivismo iluminista. E gostei da bela análise de Caetano Veloso -prova de que a passagem de Lévi-Strauss por aqui não foi em vão."
CARLOS CRUZ (Itabira, MG)

STF x Senado
"Temo que poucos tenham percebido o real perigo da atitude do Senado de não acatar a ordem do STF que determinava que o senador Expedito Júnior deveria deixar o cargo.
Se o Senado pode se dar ao luxo de descumprir uma decisão do órgão máximo do Judiciário, os legislativos estaduais e municipais podem enxergar nisso um precedente para agir do mesmo modo.
E mais: se o Legislativo pode menosprezar uma decisão judicial, por que diabos os outros dois Poderes deveriam obedecer às leis?"
TIAGO LANDI SIMÕES (Londrina, PR)

 

"O que se pode esperar de um país cujo Congresso não respeita e não cumpre as decisões de sua Corte Suprema? É nisso que dá a benevolência histórica do STF para com os nossos políticos. Eles têm a certeza de que jamais serão punidos. Fazem o que querem e não respeitam ninguém. É inacreditável para um país que se diz democrático."
GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)

 

"O culpado pela ato de desobediência do Senado de não acatar a determinação do STF de afastar o senador Expedito Júnior é o próprio STF.
O povo brasileiro anseia por acabar com a impunidade e a bandidagem que fazem da política um escudo protetor, mas o STF, com suas leis brandas, permite a candidatura de elementos com ficha suja.
O Brasil tem conserto, basta querer."
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

Expectativas
""[Os alunos são cobrados] para atender às expectativas dos pais e professores", escreveu Rosely Sayão no Equilíbrio de quinta-feira. Verdade! E que expectativas seriam estas? De que nossos alunos amem o saber, sintam prazer intelectual em passear pelas variadas ciências, disciplinas que talvez nem lhes venham a ser úteis. Mas saberão que do gênero humano houve os que delas fizeram a sua vida e a elas dedicaram os seus esforços.
A expectativa do professor (e a de pais também, certamente) é colher dum louro que não é seu de forma direta; é ver, a médio ou longo prazo, das nossas crianças, homem e mulheres cidadãos realizados."
RICARDO ELIAS BARBOSA , professor do ensino médio (Curitiba, PR)




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