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Semana do Leitor
leitor@uol.com.br
Idade Média
Adams Carvalho
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"Tenho notado com frequência, nas cartas dos leitores, muitas expressões pejorativas em
relação à Idade Média, período
longo e rico de nossa história.
Termos como "medieval", usado
para designar "idade das trevas",
"tempo de obscurantismo" ou
alguém atrasado, retrógrado,
não deveriam ser usados por
quem tem conhecimento objetivo da nossa história.
Nas cartas sobre a Igreja Católica, sempre surge o termo
"medieval" de forma preconceituosa e inadequada, como se
fosse uma ofensa.
Os que acham que a Idade
Média foram mil anos em que
bruxarias, impiedade e ignorância predominaram demonstram ignorância sobre esse
período e comungam dos preconceitos daqueles que classificaram a história em quatro idades artificiais."
DÉBORA APARECIDA MAIA, doutora em
história (Juiz de Fora, MG)
Educação
"Eduardo Portella, no artigo
"Nem qualidade nem mérito"
("Tendências/Debates", 3/5),
apresenta uma visão fundamental para dar rumos efetivos
à educação: "A educação, se
bem planejada e executada, poderia promover uma limpeza
geral e deixar o processo pedagógico fluir. E o Brasil também".
Cita o pacto transpartidário
da Espanha por uma política de
Estado, destinado a corrigir as
inadimplências do sistema,
buscando a mudanças necessária, imune à barganha partidária e à sujeira dos candidatos.
A educação básica universal,
gratuita e de qualidade é pilar
essencial para o avanço consistente do Brasil. É evidente que
o custo é da sociedade, que deve
indicar os objetivos a serem
atingidos. E esses objetivos devem ser poucos e claros, consolidando a nossa percepção de
nação, de cidadania, de valores,
de convívio.
Sem saber o que queremos,
nunca chegaremos lá."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)
Voto
"Há anos, quando Pelé disse
que o povo brasileiro não sabia
votar, quase foi crucificado.
Hoje, quando eu imaginava
que o nosso país já tivesse atingido suficiente grau de maturidade política, leio estarrecido
declarações do apresentador
José Luiz Datena afirmando
que, embora a seu ver José Serra seja o candidato mais preparado para assumir a Presidência, irá depositar seu voto em
Dilma Rousseff, pois gosta de
Lula e é amigo do presidente.
Será que Pelé tinha razão naquela época e continua tendo
até hoje?"
SARKIS APRAHAMIAN (Jundiaí, SP)
Futuras mães
"O senhor Luiz Felipe Pondé
fotografou, ao vivo e sem retoques, a realidade do comportamento dessas meninas ("Meninas fáceis", Ilustrada, 3/5).
O que nos entristece e causa
profunda preocupação é questionarmos se essa conduta poderá trazer serenidade, estabilidade emocional e capacidade
de desenvolvimento de vínculos às futuras mães de família
que um dia serão.
Serão capazes de representar
o esteio das futuras famílias?
Serão felizes essas meninas?"
ALICE THEODORO (São Paulo, SP)
Professoras
"O que será que faz das professoras alvo de comentários
tão infelizes? No passado, Paulo Maluf as chamou de "mal
amadas". Agora, o senhor Luiz
Felipe Pondé diz claramente
que elas teriam inveja de suas
alunas, que "desfilam pernas e
seios por aí, dançando a dança
do acasalamento" (sic).
"Medo, baixa autoestima e
abandono", sentimentos mencionados pelo colunista, só se
for em razão do vergonhoso salário que recebem. Mas inveja?
Só se for da oportunidade que
essas meninas têm de optar por
carreiras mais seguras e mais
rentáveis."
ANA MARIA GREN DE SOUSA (São Paulo, SP)
Rapto do bebê
"Chega a ser repulsiva a insensibilidade do promotor de
Justiça e do juiz que enviaram à
Fundação Casa (antiga Febem)
a garota de 15 anos que raptou
e devolveu um bebê recém-nascido ("Jovem que pegou bebê
vai para antiga Febem",
Cotidiano, 7/5).
Dadas as condições em que
se encontra, a menina precisa
ser tratada física e psicologicamente, e não encarcerada.
O pai da adolescente deve ter
se arrependido por acreditar
que poderia ter contado com a
Justiça. Melhor seria se tivesse
deixado o recém-nascido na
porta de uma igreja."
JEFFERSON VIEIRA (São Paulo, SP)
Capacete
Luiz Carlos Murauskas - 22.mar.09/Folha Imagem
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Ciclistas em São Paulo em evento contra a evasão escolar
"O bom texto "Trânsito ruim faz procura por bicicleta
aumentar" (Cotidiano, 25/4) cai no vício da nossa imprensa de não fazer uma pesquisa profunda sobre temas
que parecem óbvios, como o uso do capacete por ciclistas.
Faz sentido acreditar que capacete é importantíssimo para a segurança do ciclista. Sim, mas para competição. Por
uma questão de física, um tombo a 20 km/h, velocidade de
um ciclista urbano, é muito diferente de um a mais 30
km/h, velocidade para esportistas e profissionais. A posição do ciclista urbano, mais em pé, faz com que os vetores
de caída sejam muito diferentes dos de um ciclista esportivo, que tem sua cabeça mais baixa e próxima ao chão.
Pelo que li até hoje, e pela incrível palestra que vi sobre
capacetes no Velo City de 2007, afirmo que não há nada
mais seguro que saber conduzir corretamente a bicicleta.
Para a cabeça, recomendo alguma proteção contra os
raios solares, que até pode ser um bom capacete com aba."
ARTURO ALCORTA (São Paulo, SP)
SEM GRAÇA
Apesar dos protestos contra a crueldade feita em circos, é lamentável ver, no domingo, uma propaganda com um pobre elefante fazendo acrobacias. Como achar graça de animais
sem garras e dentes, arrancados no bárbaro treinamento a que são submetidos? Mas isso as propagandas não mostram."
CRISTINA BONAGAMBA (São Bernardo do Campo, SP)
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