São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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Semana do Leitor

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Idade Média
Adams Carvalho
"Tenho notado com frequência, nas cartas dos leitores, muitas expressões pejorativas em relação à Idade Média, período longo e rico de nossa história.
Termos como "medieval", usado para designar "idade das trevas", "tempo de obscurantismo" ou alguém atrasado, retrógrado, não deveriam ser usados por quem tem conhecimento objetivo da nossa história.
Nas cartas sobre a Igreja Católica, sempre surge o termo "medieval" de forma preconceituosa e inadequada, como se fosse uma ofensa.
Os que acham que a Idade Média foram mil anos em que bruxarias, impiedade e ignorância predominaram demonstram ignorância sobre esse período e comungam dos preconceitos daqueles que classificaram a história em quatro idades artificiais."
DÉBORA APARECIDA MAIA, doutora em história (Juiz de Fora, MG)

Educação
"Eduardo Portella, no artigo "Nem qualidade nem mérito" ("Tendências/Debates", 3/5), apresenta uma visão fundamental para dar rumos efetivos à educação: "A educação, se bem planejada e executada, poderia promover uma limpeza geral e deixar o processo pedagógico fluir. E o Brasil também".
Cita o pacto transpartidário da Espanha por uma política de Estado, destinado a corrigir as inadimplências do sistema, buscando a mudanças necessária, imune à barganha partidária e à sujeira dos candidatos.
A educação básica universal, gratuita e de qualidade é pilar essencial para o avanço consistente do Brasil. É evidente que o custo é da sociedade, que deve indicar os objetivos a serem atingidos. E esses objetivos devem ser poucos e claros, consolidando a nossa percepção de nação, de cidadania, de valores, de convívio.
Sem saber o que queremos, nunca chegaremos lá."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)

Voto
"Há anos, quando Pelé disse que o povo brasileiro não sabia votar, quase foi crucificado.
Hoje, quando eu imaginava que o nosso país já tivesse atingido suficiente grau de maturidade política, leio estarrecido declarações do apresentador José Luiz Datena afirmando que, embora a seu ver José Serra seja o candidato mais preparado para assumir a Presidência, irá depositar seu voto em Dilma Rousseff, pois gosta de Lula e é amigo do presidente.
Será que Pelé tinha razão naquela época e continua tendo até hoje?"
SARKIS APRAHAMIAN (Jundiaí, SP)

Futuras mães
"O senhor Luiz Felipe Pondé fotografou, ao vivo e sem retoques, a realidade do comportamento dessas meninas ("Meninas fáceis", Ilustrada, 3/5).
O que nos entristece e causa profunda preocupação é questionarmos se essa conduta poderá trazer serenidade, estabilidade emocional e capacidade de desenvolvimento de vínculos às futuras mães de família que um dia serão.
Serão capazes de representar o esteio das futuras famílias?
Serão felizes essas meninas?"
ALICE THEODORO (São Paulo, SP)

Professoras
"O que será que faz das professoras alvo de comentários tão infelizes? No passado, Paulo Maluf as chamou de "mal amadas". Agora, o senhor Luiz Felipe Pondé diz claramente que elas teriam inveja de suas alunas, que "desfilam pernas e seios por aí, dançando a dança do acasalamento" (sic).
"Medo, baixa autoestima e abandono", sentimentos mencionados pelo colunista, só se for em razão do vergonhoso salário que recebem. Mas inveja?
Só se for da oportunidade que essas meninas têm de optar por carreiras mais seguras e mais rentáveis."
ANA MARIA GREN DE SOUSA (São Paulo, SP)

Rapto do bebê
"Chega a ser repulsiva a insensibilidade do promotor de Justiça e do juiz que enviaram à Fundação Casa (antiga Febem) a garota de 15 anos que raptou e devolveu um bebê recém-nascido ("Jovem que pegou bebê vai para antiga Febem", Cotidiano, 7/5).
Dadas as condições em que se encontra, a menina precisa ser tratada física e psicologicamente, e não encarcerada.
O pai da adolescente deve ter se arrependido por acreditar que poderia ter contado com a Justiça. Melhor seria se tivesse deixado o recém-nascido na porta de uma igreja."
JEFFERSON VIEIRA (São Paulo, SP)

Capacete
Luiz Carlos Murauskas - 22.mar.09/Folha Imagem
Ciclistas em São Paulo em evento contra a evasão escolar

"O bom texto "Trânsito ruim faz procura por bicicleta aumentar" (Cotidiano, 25/4) cai no vício da nossa imprensa de não fazer uma pesquisa profunda sobre temas que parecem óbvios, como o uso do capacete por ciclistas.
Faz sentido acreditar que capacete é importantíssimo para a segurança do ciclista. Sim, mas para competição. Por uma questão de física, um tombo a 20 km/h, velocidade de um ciclista urbano, é muito diferente de um a mais 30 km/h, velocidade para esportistas e profissionais. A posição do ciclista urbano, mais em pé, faz com que os vetores de caída sejam muito diferentes dos de um ciclista esportivo, que tem sua cabeça mais baixa e próxima ao chão.
Pelo que li até hoje, e pela incrível palestra que vi sobre capacetes no Velo City de 2007, afirmo que não há nada mais seguro que saber conduzir corretamente a bicicleta.
Para a cabeça, recomendo alguma proteção contra os raios solares, que até pode ser um bom capacete com aba."
ARTURO ALCORTA (São Paulo, SP)

SEM GRAÇA

Apesar dos protestos contra a crueldade feita em circos, é lamentável ver, no domingo, uma propaganda com um pobre elefante fazendo acrobacias. Como achar graça de animais sem garras e dentes, arrancados no bárbaro treinamento a que são submetidos? Mas isso as propagandas não mostram."
CRISTINA BONAGAMBA (São Bernardo do Campo, SP)






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