São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010

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CARTAS

Erro "médico"
Todos os meios de comunicação, sem exceção, divulgaram nos últimos dias a notícia da morte da menor Stephanie dos Santos Teixeira, 12, como causada por um "erro médico".
Sem apuração correta dos fatos, simplesmente se posicionaram dizendo que houve um "erro médico". Ou seja, que um médico cometeu um erro e que este causou a morte da paciente. Mas, logo depois, os jornais e os canais de TV disseram que uma auxiliar de enfermagem foi a responsável pela infusão de vaselina na veia da menina Stephanie.
Ora, uma auxiliar de enfermagem não pode cometer um erro médico, simplesmente porque não é médica. Tentar incriminar ou responsabilizar o médico que atendeu a paciente, dizendo que este deveria conferir o que estava sendo infundido, é irracional, ilógico e infantil. E é também uma irresponsabilidade, pois médico nenhum age assim em nenhum lugar do mundo.
Nenhum médico conseguiria trabalhar, atender pacientes, fazer procedimentos etc. se, além de prescrever, tivesse que ir de leito em leito, paciente por paciente, todo o tempo, verificar cada frasco de medicamento que está sendo, de fato, administrado. A equipe de enfermagem faria o que então?
Como médico, conhecedor que sou das condições de trabalho nos hospitais, também não acredito em maldade na auxiliar de enfermagem, que confundiu um frasco de soro com um de vaselina.
Concordo que pode ter havido um "erro de auxiliar de enfermagem", que não leu o frasco, e um "erro de laboratório", que não identificou diferencialmente o frasco etc. Mas, mesmo assim, só me sentiria à vontade a me pronunciar sobre isso após conclusão das investigações.
FRANCISCO O. ALMEIDA, médico (Guarulhos, SP)

Orçamento
Alguém tinha dúvida de que Gim Argello, por ter sido eleito como seu suplente, não seria uma edição piorada de Roriz? Enquanto não acabarem com os suplentes de senador, e enquanto o povo continuar votando em qualquer tiririca, não vai dar outra coisa.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Idade do Grito
A humanidade já teve a Idade da Pedra, a Idade Média e agora está vivenciando a Idade do Grito. Alguém já notou como as pessoas só conversam gritando? E quando atendem ao celular? Em lugares públicos, nós passamos a fazer parte da vida particular dos "atendentes de celular". Deixo aqui meu "grito de alerta" para que nós e nossos descendentes não façamos número aos surdos e mal-educados.
CLÁUDIO DE MELO SILVA (Olinda, PE)


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