|
Índice
Semana do Leitor
leitor@uol.com.br
Arquivo pessoal
|
|
A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança, com criança atendida pelo programa
Zilda Arns Neumann
"A igreja do Brasil e o povo
brasileiro perdem mais uma
pessoa amante do Reino e
construtora de um mundo mais
justo e fraterno.
Uma mulher que, amando
Jesus Cristo nos pequeninos,
doou sua vida para a promoção
de tantas outras. Não há amor
maior do que dar a vida por
seus amigos.
Zilda Arns foi amiga das
crianças, principalmente das
mais pobres. A Pastoral da
Criança, reconhecida no mundo inteiro, é um instrumento
na erradicação da desnutrição e
do abandono de milhares de
crianças pelo mundo inteiro.
Estamos em luto pela vida
dessa nossa irmã, mas temos o
compromisso de manter vivo o
seu sonho: o de um dia não
precisarmos mais da Pastoral
da Criança. Esse sonho, mais
que utópico, é o nosso compromisso de não termos mais nenhuma criança desnutrida e
abandonada.
Perdemos uma lutadora na
causa do Reino, mas ganhamos
mais uma intercessora.
Que Zilda reze por nós para
que sejamos também instrumentos e construtores do
Reino."
RENATO PETROCCO, seminarista da arquidiocese de Campinas (Campinas, SP)
"Sentimos a perda irreparável da grande cristã Zilda Arns.
Com certeza, já está nos braços
de Deus.
Lutadora incansável pelos
mais fracos e oprimidos, deixa
um legado e um exemplo para
todos nós."
JOÃO DIAS DE ARAÚJO FILHO, diácono da
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
(São Paulo, SP)
"Não achacou dízimos dos
pobres para construir palácios
ou comprar redes de TV ou jatinhos. Não ergueu templos dourados e pretensiosos.
Exerceu sua inabalável fé
cristã aliada ao conhecimento
médico para salvar e tornar
melhor a vida de milhares de
crianças neste mundo. Não simulou curas milagrosas.
Praticou atos reais, que se
confundem com milagres propriamente ditos, visando o bem
de seus semelhantes.
Para quem não acredita, anjos existem, sim. De vez em
quando Deus permite que alguns deles caiam na Terra e fiquem entre nós. Pena que por
tão pouco tempo."
JOSÉ ROBERTO KACHEL DOS SANTOS
(Mogi das Cruzes, SP)
"Há um silêncio doloroso
pairando sobre Curitiba. O Paraná, o Brasil e a comunidade
internacional estão órfãos. Estamos privados do convívio de
nossa bela mãe.
Em momentos de dor como
este, em que perdemos de forma trágica uma extraordinária
mulher como a doutora Zilda
Arns, que dedicou sua vida a
minimizar o sofrimento e a evitar a morte de crianças (vítimas
indefesas da incompetência daqueles que não sabem amar, de
políticos medíocres num mundo de adultos inconsequentes e
gananciosos), percebemos a extrema necessidade e a beleza de
sua obra e o gigantismo de seu
amor."
JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA
(Curitiba, PR)
"Zilda Arns viveu para salvar
vidas e morreu engajada no auxílio ao próximo, uma clara opção a favor dos pobres e dos indefesos.
Se há um radicalismo que deve ser imitado é este, entregar a
sua vida pelo irmão, como ensinam as escrituras cristãs. Aliás,
assim era a concepção de doação de vida nos primeiros tempos da igreja.
Se os meios de comunicação
estivessem de fato dispostos a
transformar a acre realidade do
mundo contemporâneo, deveriam explorar mais, em filmes,
documentários e outras formas
de artes visuais, exemplos de
abnegação em nome da fé e do
desejo de ajudar quem sofre.
É hora de prantear quem
parte. Todavia o exemplo de vida de Zilda Arns é um bálsamo
para as feridas do nosso árido e
feroz mundo."
JOSUÉ NAVARRO DE ANDRADE (Franca, SP)
"Zilda Arns Neumann morreu como os grandes: defendendo os pequenos."
MARILÚ DEFACI FAVETTI (Curitiba, PR)
"Zilda Arns Neumann, uma
criatura superior a qualquer
prêmio, inclusive o Nobel."
ROMEU NAVARRETE (São Paulo, SP)
Existência humana
"A experiência retratada no
Mais! de 10/1 pelo historiador
inglês Tony Judt, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, nos propõe uma reflexão sobre as condições corpóreas da existência humana.
Há dor maior do que a prisão
de uma mente em um corpo?"
PEDRO COLUCCI RIBEIRO (São Paulo, SP)
Não podem
nem devem
"Os filósofos da cultura do
dia a dia concluem lições mais
sábias do que certos diplomados pela Sorbonne.
Um exemplo? Quando pedi
ao vendedor de frutas do qual
sou freguês a sua opinião sobre
o Brasil atual, ele, atento à sua
barraca de onde tira o sustento
diário, respondeu-me sem pestanejar: o Brasil é um país onde
muitos que nada têm são escravizados pelo governo para pagar o que não podem nem devem para enriquecer muito
poucos que devem tudo e não
pagam nada.
Saí dali pensando em certos
sociólogos, políticos e economistas de plantão que não teriam a coragem de falar a mesma coisa.
Fora aqueles, é lógico, "hors
concours", que apenas diriam
"não saber"."
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)
Índice
|