São Paulo, domingo, 17 de janeiro de 2010

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Semana do Leitor

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Arquivo pessoal
A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança, com criança atendida pelo programa

Zilda Arns Neumann

"A igreja do Brasil e o povo brasileiro perdem mais uma pessoa amante do Reino e construtora de um mundo mais justo e fraterno.
Uma mulher que, amando Jesus Cristo nos pequeninos, doou sua vida para a promoção de tantas outras. Não há amor maior do que dar a vida por seus amigos.
Zilda Arns foi amiga das crianças, principalmente das mais pobres. A Pastoral da Criança, reconhecida no mundo inteiro, é um instrumento na erradicação da desnutrição e do abandono de milhares de crianças pelo mundo inteiro.
Estamos em luto pela vida dessa nossa irmã, mas temos o compromisso de manter vivo o seu sonho: o de um dia não precisarmos mais da Pastoral da Criança. Esse sonho, mais que utópico, é o nosso compromisso de não termos mais nenhuma criança desnutrida e abandonada.
Perdemos uma lutadora na causa do Reino, mas ganhamos mais uma intercessora. Que Zilda reze por nós para que sejamos também instrumentos e construtores do Reino."
RENATO PETROCCO, seminarista da arquidiocese de Campinas (Campinas, SP)

"Sentimos a perda irreparável da grande cristã Zilda Arns. Com certeza, já está nos braços de Deus.
Lutadora incansável pelos mais fracos e oprimidos, deixa um legado e um exemplo para todos nós."
JOÃO DIAS DE ARAÚJO FILHO, diácono da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (São Paulo, SP)

"Não achacou dízimos dos pobres para construir palácios ou comprar redes de TV ou jatinhos. Não ergueu templos dourados e pretensiosos. Exerceu sua inabalável fé cristã aliada ao conhecimento médico para salvar e tornar melhor a vida de milhares de crianças neste mundo. Não simulou curas milagrosas.
Praticou atos reais, que se confundem com milagres propriamente ditos, visando o bem de seus semelhantes. Para quem não acredita, anjos existem, sim. De vez em quando Deus permite que alguns deles caiam na Terra e fiquem entre nós. Pena que por tão pouco tempo."
JOSÉ ROBERTO KACHEL DOS SANTOS (Mogi das Cruzes, SP)

"Há um silêncio doloroso pairando sobre Curitiba. O Paraná, o Brasil e a comunidade internacional estão órfãos. Estamos privados do convívio de nossa bela mãe.
Em momentos de dor como este, em que perdemos de forma trágica uma extraordinária mulher como a doutora Zilda Arns, que dedicou sua vida a minimizar o sofrimento e a evitar a morte de crianças (vítimas indefesas da incompetência daqueles que não sabem amar, de políticos medíocres num mundo de adultos inconsequentes e gananciosos), percebemos a extrema necessidade e a beleza de sua obra e o gigantismo de seu amor."
JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

"Zilda Arns viveu para salvar vidas e morreu engajada no auxílio ao próximo, uma clara opção a favor dos pobres e dos indefesos. Se há um radicalismo que deve ser imitado é este, entregar a sua vida pelo irmão, como ensinam as escrituras cristãs. Aliás, assim era a concepção de doação de vida nos primeiros tempos da igreja.
Se os meios de comunicação estivessem de fato dispostos a transformar a acre realidade do mundo contemporâneo, deveriam explorar mais, em filmes, documentários e outras formas de artes visuais, exemplos de abnegação em nome da fé e do desejo de ajudar quem sofre.
É hora de prantear quem parte. Todavia o exemplo de vida de Zilda Arns é um bálsamo para as feridas do nosso árido e feroz mundo."
JOSUÉ NAVARRO DE ANDRADE (Franca, SP)

"Zilda Arns Neumann morreu como os grandes: defendendo os pequenos."
MARILÚ DEFACI FAVETTI (Curitiba, PR)

"Zilda Arns Neumann, uma criatura superior a qualquer prêmio, inclusive o Nobel."
ROMEU NAVARRETE (São Paulo, SP)

Existência humana
"A experiência retratada no Mais! de 10/1 pelo historiador inglês Tony Judt, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, nos propõe uma reflexão sobre as condições corpóreas da existência humana. Há dor maior do que a prisão de uma mente em um corpo?"
PEDRO COLUCCI RIBEIRO (São Paulo, SP)

Não podem nem devem
"Os filósofos da cultura do dia a dia concluem lições mais sábias do que certos diplomados pela Sorbonne.
Um exemplo? Quando pedi ao vendedor de frutas do qual sou freguês a sua opinião sobre o Brasil atual, ele, atento à sua barraca de onde tira o sustento diário, respondeu-me sem pestanejar: o Brasil é um país onde muitos que nada têm são escravizados pelo governo para pagar o que não podem nem devem para enriquecer muito poucos que devem tudo e não pagam nada.
Saí dali pensando em certos sociólogos, políticos e economistas de plantão que não teriam a coragem de falar a mesma coisa. Fora aqueles, é lógico, "hors concours", que apenas diriam "não saber"."
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)






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