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Semana do leitor
leitor@uol.com.br
Copa 2014
A reportagem "Alvo de cantos racistas, Eto'o dá vitória à Inter" mostrou que o africano Eto'o foi alvo de insultos preconceituosos na Itália,
palco do fascismo em um passado
não muito distante.
No mesmo caderno, em "Juvenal
volta ao ataque por Copa" (20/10),
Juvenal Juvêncio, presidente do
São Paulo Futebol Clube, faz agressões verbais contra Pirituba e Itaquera, duas regiões paulistanas
que, periféricas, não teriam condições de abrigar jogos da Copa-2014.
Torcida italiana e Juvêncio, Eto'o
e periferia paulistana são situações
distintas sob o mesmo enunciado: a
discriminação.
Sugiro ao senhor Juvêncio que altere o nome de sua instituição para
"Jardins Futebol Clube".
CLÁUDIO MESSIAS (Assis, SP)
Libertadoras
Há tempos busco na Folha notícias sobre o futebol feminino, modalidade que pratiquei por anos e com a qual hoje trabalho. Infelizmente,
são raras as vezes que consigo ler algum texto sobre o assunto em Esporte. No dia 17, deparei com uma reportagem sobre a Copa Libertadores feminina, mas ela não era nada
atrativa.
É claro que sei das complicações
de fazer um campeonato como este e
o quão difícil é manter esse tipo de
campeonato, com equipes de pouca
expressão e em horário que não favorecem a ninguém.
O campeonato de 2009 foi um sucesso, pois contava com a melhor jogadora do mundo e teve muitos investidores. Mas neste ano o investimento não foi o mesmo.
É triste ver uma reportagem assim
com críticas no dia da final e, no dia
seguinte, não ver nem sequer o resultado da final. Espero que o jornal
não ignore também o Sul-americano, que será disputado no Equador a
partir do dia 28.
JANUÁRIA SALLES (São Paulo, SP)
Arquitetura
Oportuníssimo o artigo de Raul
Juste Lores sobre a escassez de
concursos de arquitetura no Brasil
e a "suspeita discrição" que envolve as obras da Copa e da Olimpíada ("Colombianos aprenderam a
usar arquitetura em revitalização", Ilustrada, 22/10).
Como o autor sugere, existe obviamente uma relação direta entre a
quantidade de concursos organizados e qualidade média da arquitetura de um país.
Não surpreende, portanto, que
um país como o Brasil, referência
mundial em arquitetura em meados do século 20, possua hoje uma
arquitetura média das mais inexpressivas e anacrônicas do planeta.
OTAVIO LEONÍDIO , arquiteto, integrante do Conselho Superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil e professor da PUC-Rio (Rio de Janeiro, RJ)
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