São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Semana do leitor

leitor@uol.com.br

Copa 2014
A reportagem "Alvo de cantos racistas, Eto'o dá vitória à Inter" mostrou que o africano Eto'o foi alvo de insultos preconceituosos na Itália, palco do fascismo em um passado não muito distante.
No mesmo caderno, em "Juvenal volta ao ataque por Copa" (20/10), Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo Futebol Clube, faz agressões verbais contra Pirituba e Itaquera, duas regiões paulistanas que, periféricas, não teriam condições de abrigar jogos da Copa-2014.
Torcida italiana e Juvêncio, Eto'o e periferia paulistana são situações distintas sob o mesmo enunciado: a discriminação.
Sugiro ao senhor Juvêncio que altere o nome de sua instituição para "Jardins Futebol Clube".
CLÁUDIO MESSIAS (Assis, SP)

Libertadoras
Há tempos busco na Folha notícias sobre o futebol feminino, modalidade que pratiquei por anos e com a qual hoje trabalho. Infelizmente, são raras as vezes que consigo ler algum texto sobre o assunto em Esporte. No dia 17, deparei com uma reportagem sobre a Copa Libertadores feminina, mas ela não era nada atrativa.
É claro que sei das complicações de fazer um campeonato como este e o quão difícil é manter esse tipo de campeonato, com equipes de pouca expressão e em horário que não favorecem a ninguém.
O campeonato de 2009 foi um sucesso, pois contava com a melhor jogadora do mundo e teve muitos investidores. Mas neste ano o investimento não foi o mesmo.
É triste ver uma reportagem assim com críticas no dia da final e, no dia seguinte, não ver nem sequer o resultado da final. Espero que o jornal não ignore também o Sul-americano, que será disputado no Equador a partir do dia 28.
JANUÁRIA SALLES (São Paulo, SP)

Arquitetura
Oportuníssimo o artigo de Raul Juste Lores sobre a escassez de concursos de arquitetura no Brasil e a "suspeita discrição" que envolve as obras da Copa e da Olimpíada ("Colombianos aprenderam a usar arquitetura em revitalização", Ilustrada, 22/10).
Como o autor sugere, existe obviamente uma relação direta entre a quantidade de concursos organizados e qualidade média da arquitetura de um país.
Não surpreende, portanto, que um país como o Brasil, referência mundial em arquitetura em meados do século 20, possua hoje uma arquitetura média das mais inexpressivas e anacrônicas do planeta.
OTAVIO LEONÍDIO , arquiteto, integrante do Conselho Superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil e professor da PUC-Rio (Rio de Janeiro, RJ)


Próximo Texto: O assunto é: Ateísmo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.