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TVs conectadas ainda têm limitações

Formato já representa 20% das vendas no país, mas aparelhos devem mais aplicativos e plataforma amigável

Programas de vídeo, como os de aluguel de filmes por streaming, são os principais atrativos

BRUNO ROMANI
LEONARDO MARTINS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Principal tela na maioria dos lares, as televisões também querem se conectar à internet. Assim, as TVs inteligentes, com acesso à rede, começam a crescer no Brasil -mesmo com incertezas ainda rondando a categoria.

Entre janeiro e agosto deste ano, aparelhos com capacidade de conexão representaram 20% das vendas de televisores no país, segundo a consultoria GfK. No mesmo período em 2010, a porcentagem foi de 4%.

E a tendência é que o número continue crescendo, pois, gradualmente, os fabricantes vão acrescentando a função em parte dos aparelhos disponíveis no mercado. Por exemplo, dos 26 modelos da Sony à venda atualmente, 22 são televisões conectadas.

"A tendência é que, até 2014, 75% das TVs tenham conexão à internet. Em média, o mercado brasileiro vende 10 milhões de TVs por ano. Esperamos que em 2012, as TVs conectadas correspondam a cerca de 40% das vendas", diz Rafael Cintra, gerente de TVs da Samsung.

Porém, ter capacidade de conexão não significa que as TVs serão ligadas à internet pelos seus donos. "O primeiro obstáculo para a popularização das TVs conectadas é o conhecimento -a pessoa entender quais os benefícios de se conectar", diz Marcelo Varon, gerente de internet vídeo da Sony Brasil.

Já Cintra conta que é possível notar, por meio do IP (espécie de CEP virtual de cada aparelho que se conecta à rede), que alguns televisores inteligentes levam mais tempo do que deveriam para se conectarem. Em outras palavras, tem gente que compra TV inteligente, mas não a conecta à internet.

CONTEÚDO

O tipo de conteúdo também deixa dúvidas quanta à inteligência das TVs. Apesar se espelharem nos smartphones, os apps são bem simples -em casos de jogos, eles são baseados em Flash. Já o navegador e os apps de redes sociais não são tão utilizados quanto nos celulares.

Por isso, os fabricantes apostam alto em vídeo. Os principais aplicativos são de serviços de streaming, como o de aluguel de filmes (Netflix), parcerias com canais de TV (SBT e Band) e sites populares na rede (YouTube).

O acesso a isso não é impossível se você conectar o seu notebook à TV. Mesmo assim, os fabricantes preferem usar suas próprias plataformas de aplicativos como parte da estratégia de marketing. Elas são usadas para anunciar que determinado fabricante tem conteúdos que a concorrência não tem.

Assim, a experiência entre donos de TVs inteligentes é heterogênea. O cenário é parecido com a era pré-Android no mundo dos smartphones.

"A fragmentação de plataformas e marcas estará com a gente pelo resto da vida", diz Júlia Canalini, diretora-executiva da desenvolvedora de apps Venta.

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