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Na China, empresa tenta provar na Justiça que não copia marca

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Na cozinha da minha casa em Pequim, o exaustor do fogão ostenta a famosa maçã mordida. No ano passado, foi descoberta em Chengdu uma loja que imitava a da Apple quase à perfeição.

Na internet, há um programa que faz qualquer celular incluir a mensagem "enviado via iPhone". Que aliás, já tem a sua versão 5 -bem barata, mas a tela só responde à unha, e não ao dedo.

Com todos esses exemplos, não deixa de ser irônico que a Apple esteja no banco dos réus na batalha judicial pelo direito de uso da marca iPad em território chinês.

A autora da acusação é a pequena fabricante de telas Proview. A empresa de origem taiwanesa de fato registrou o nome iPad em oito países em 2000, mas em 2009 vendeu os direitos para a Apple por apenas R$ 95,5 mil.

Na Justiça, a Proview afirma que o acordo não incluía a China, por se tratar de uma subsidiária independente da sede em Taiwan. A Apple diz que o acerto é universal.

Em dezembro, a Apple perdeu, em primeira instância, os direitos sobre a marca iPad na China. Em outros processos judiciais, algumas cidades menores retiraram os iPads das prateleiras. Mas a Apple saiu vitoriosa em Xangai, a cidade mais rica do país.

TENTATIVA DE BLOQUEIO

A briga não acabou. Recentemente, a Proview pediu que as aduanas chinesas impedissem a exportação de iPads, feitos aos milhões pela Foxconn. Também quer retomar a marca em outros países.

Pouco importa quem tem razão. Como a Justiça chinesa costuma ser um braço do Partido Comunista, a decisão dependerá de qual o recado Pequim quer dar à Apple e aos EUA, país que sempre acusa a China de desrespeitar propriedade intelectual.

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