Veloz e ultraleve, PS Vita é um PlayStation 3 em miniatura

Por fora, uma caixinha de pequenas dimensões, que pesa apenas 260 g. Por dentro, um chip de quatro núcleos que é capaz de processar gráficos que deixam satisfeito qualquer fanático por games.

Disponível no Brasil desde a última sexta, o PlayStation Vita, nova investida da Sony no mercado de videogames portáteis, é agradável e simples de usar, mesmo para jogadores de primeira viagem.

O Vita tem tela de cinco polegadas sensível ao toque, pela qual devem ser feitas as escolhas do menu (em português) e algumas ações de jogos -nesse sentido, jogar no portátil é uma experiência próxima à de jogar em tablets e smartphones.

A tela é brilhante e tem resolução alta, próxima do HD, semelhante à capacidade gráfica do PlayStation 3.

Além da tela, o aparelho tem outra área sensível ao toque. Fica na traseira, é similar a um touchpad e requer treino até ser dominada.

Mas, em pouco tempo, dá para perceber que o mecanismo pode acrescentar bastante à experiência de jogo -afinal, o dedo não atrapalha a visualização, como acontece em jogos que utilizam apenas a tela sensível ao toque.

Jogar no Vita -que é surpreendentemente leve- é bem confortável e divertido.

Os botões do videogame são versões em miniatura benfeitas do controle do PlayStation. Estão lá até duas pequenas alavancas analógicas, um avanço em comparação com o irmão mais velho do Vita, o PSP, de 2004, que tinha apenas uma.

O portátil navega na internet, fotografa e grava vídeos -o que parece uma tentativa de atrair um público interessado em tecnologia, mas não necessariamente "gamer".

Digitar no teclado do Vita não é agradável, mas quebra um galho na hora de visitar o Twitter ou checar o e-mail.

A câmera traseira tira fotos de qualidade regular (e não tente usá-la em ambiente com pouca luz).

PREÇO NAS NUVENS

Até abril, o videogame só será vendido em um pacote que inclui o jogo "ModNation Racers", um cartão de memória de 4 Gbytes e um estojo -tudo por R$ 1.599.

Nos EUA, o console, sem esses complementos, sai por cerca de R$ 430. Além disso, cada jogo custa no mínimo R$ 169, cerca de quatro vezes o valor cobrado nos EUA.

Na comparação com o Nintendo 3DS, o Vita perde feio no preço, já que o rival custa R$ 799, e não tem a tecnologia 3D. Mas ganha nos gráficos, na tela sensível ao toque mais precisa e na experiência de jogo mais agradável, devido ao peso e ao formato.