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Para Amorim, armas já são risco para redes Nas últimas semanas, o ministro Celso Amorim recebeu o secretário de Defesa e o chefe do Estado-Maior dos EUA, ambos trazendo cooperação em defesa cibernética como prioridade. Amorim relativiza o risco de "guerra cibernética" e relata os primeiros passos do Brasil na área. (NS) - Folha - A ameaça de ciberguerra é real? Celso Amorim - O ambiente digital é um campo novo, que suscita grande interesse. É possível que nele tenham lugar conflitos militares, mas creio que o termo "guerra" seja exagerado para o momento atual. Os efeitos e o alcance de uma guerra cibernética ainda são desconhecidos. De toda forma, a existência de armas cibernéticas é perceptível. Preocupam-nos os riscos que já representam para redes governamentais. Qual é o estágio da guerra cibernética, no mundo? Hoje predominam ações exploratórias, que se caracterizam por ocorrências pontuais com o intuito de verificar vulnerabilidades dos alvos, sejam eles de personalidade pública ou privada. O objetivo principal desses ataques é a obtenção de informações protegidas, para uso em fraudes e na exploração da fragilidade de infraestruturas críticas de Estado. Um exemplo recente foi a alegada paralisação do programa nuclear iraniano pelo vírus Stuxnet. Como o Brasil deve se preparar para essa ameaça? Em 2010, o Ministério da Defesa criou, por meio do Comando do Exército, o Centro de Defesa Cibernética. Sua missão é aprofundar o estudo de ameaças, estabelecer a doutrina nacional sobre o tema e aperfeiçoar os meios de defesa contra essas ameaças, inclusive com investimentos em hardware e software. Está em análise uma proposta de política de defesa cibernética. O fator crucial para o êxito da proteção consistirá na conscientização do usuário. O elo mais fraco na defesa cibernética é o ser humano. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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