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Kixeye aposta em jogos hardcore no Facebook

Produtora mira público mais competitivo, disposto a gastar com games nas redes sociais

DE SÃO PAULO

A Kixeye, empresa nascida em 2011 e que se autointitula "o futuro dos games sociais", parece ter encontrado o caminho das pedras para ganhar dinheiro com jogos feitos para Facebook.

Em vez de fazendas e vilas virtuais, navios piratas. No lugar de colheitas de legumes e frutas, estratégia de guerra e treinamento de soldados.

A companhia navega na contramão dos jogos casuais que saturam a maior rede social do mundo, como "FarmVille" e "CityVille", da Zynga -empresa líder em número de usuários, mas que sempre teve problemas em gerar lucro com os games.

"Nós fazemos jogos espetaculares, que não copiam os outros e que deixam fazendeiros virtuais sujarem as calças de tanto medo", provoca Will Harbin, presidente da empresa, em controverso vídeo viral lançado no mês passado (bit.ly/kixeyevideo).

A Kixeye aposta em jogos mais complexos, com gráficos bem-definidos e jogabilidade elaborada, cheios de ação, voltados para um público menor, mas fiel: o jogador hardcore.

COFRES CHEIOS

No total, a Kixeye tem uma fração dos jogadores da Zynga (5,3 milhões contra 290 milhões, segundo dados da Appdata.com), mas uma receita bem maior por jogador.

A média arrecadada por usuário diariamente em jogos sociais é de US$ 0,04. A média da Kixeye é de 20 vezes esse valor: US$ 0,60.

Durante uma palestra em uma conferência de games em San Francisco em março deste ano, Harbin disse que o público da empresa é 97% masculino e altamente competitivo -que gasta rios de dinheiro para se manter melhor do que os outros.

Cerca de 10% dos usuários de "Battle Pirates", "War Commander" ou "Backyard Monsters", os jogos da empresa, gastam dinheiro dentro do jogo. Para comparação, a média para outros jogos sociais varia de 1% a 4%.

A empresa californiana tem sido rentável nos dois últimos anos e prevê um "lucro de nove dígitos, no mínimo" para 2012, ou seja, ao menos US$ 100 milhões (cerca de R$ 200 milhões).

APRESSADINHOS

A Kixeye consegue arrecadar dinheiro de seus usuários vendendo "aceleradores".

As ações dentro dos jogos demoram horas ou minutos para serem concluídas, mas quem tem pressa pode pagar para dar celeridade ao processo. "Nós monetizamos a impaciência", diz Harbin.

(AO)

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