São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Nuvens carregadas

Serviços com software e dados armazenados em redes on-line oferecem portabilidade e permitem dispensar programas instalados no computador, mas ainda apresentam limitações

EMERSON KIMURA
DE SÃO PAULO

Um dos próximos lançamentos da Apple deve ser o iCloud, serviço de armazenamento on-line e transmissão de música pela internet.
Será um passo importante da empresa em uma área que não para de crescer e já conta com presença de rivais como Amazon, Google e Microsoft: serviços voltados ao usuário final baseados em computação em nuvem.
Computação em nuvem é, basicamente, um modelo que permite o acesso a recursos computacionais fornecidos por uma rede remota de computadores, em vez de máquinas locais dedicadas.
Ela permite, por exemplo, que empresas terceirizem parte de sua infraestrutura e economizem com manutenção. E que recursos computacionais sejam usados de maneira mais inteligente, de acordo com a demanda.
Para o usuário final, a computação em nuvem marca presença principalmente em serviços cujo software e dados são armazenados em redes on-line e acessados por meio de um navegador.

USUÁRIO FINAL
Em 1º abril de 2004, o Google lançou o Gmail, serviço gratuito de e-mail com 1 Gbyte de armazenamento.
Alguns meses depois, a oferta já aumentara para 2 Gbytes por conta. Era tanto espaço que Bill Gates "chegou à conclusão de que o Google estava fazendo algo errado", conta o jornalista Steven Levy em seu livro "In the Plex".
O sucesso do Gmail foi um marco da popularização da nuvem entre usuários finais. Depois dele, empresas começaram a investir fortemente em serviços on-line.
Hoje é possível editar documentos no Google Docs, gravar backup no Windows Live SkyDrive, ouvir música pelo Grooveshark, assistir a vídeos pelo YouTube e até usar um laptop centrado no uso de aplicativos na web, o Chromebook, que tem o sistema operacional Chrome OS.
Mas quais as vantagens dos serviços on-line?
Uma delas é a portabilidade --eles podem ser acessados remotamente por aparelhos com acesso à internet. Outra é a segurança: muitas empresas trabalham com uma boa estrutura de recursos redundantes, o que diminui a chance de que serviços fiquem indisponíveis por problemas operacionais.
Tal fragilidade, porém, não deixa de existir. Por isso, a segurança é também um dos pontos fracos da computação em nuvem. Nos últimos anos, falhas levaram empresas como Amazon, Apple, Google e Microsoft a deixar clientes sem acesso aos seus serviços.
Há ainda a questão da privacidade: é confiável deixar dados confidenciais em redes remotas? Recentes brechas de segurança em redes da Sony permitiram que informações de mais de 100 milhões de usuários fossem roubados.
Nesta edição, conheça alguns serviços on-line e leia sobre a experiência da editora-adjunta da Ilustrada, que tentou trabalhar por uma semana apenas na nuvem.


Próximo Texto: Pelos ares
Música: Novo modelo de negócio combina MP3 e streaming

Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.