Apesar de trazer história fraca, sequência de Force Unleashed impressiona no visual e tem bons controles

Elementos como novos poderes e aumento da inteligência artificial são diferenças entre o jogo e seu predecessor

Fotos Divulgação

Tela do recém-lançado Star Wars: The Force Unleashed II, que traz novidades em relação ao anterior,mas tem roteiro mal desenvolvido para a franquia e fases pouco criativas

CLAUDIO PRANDONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 2008 chegou ao mercado o jogo Star Wars: The Force Unleashed, um projeto tão ambicioso da produtora LucasArts (a divisão de games do estúdio Lucasfilm) que era tratado pela empresa como um episódio intermediário entre os episódios III e IV da saga Guerra nas Estrelas.
Dois anos depois, o título recebe uma continuação para PlayStation 3, Xbox 360, PC, Wii e Nintendo DS que consegue elevar o primor técnico da aventura, mas dispensa totalmente o roteiro e elenco carismático e elegante da obra original.
O primeiro game Force Unleashed apresentou Starkiller, aprendiz secreto do vilão Darth Vader que morre no fim da trama e é peça fundamental na criação da Aliança Rebelde, grupo a que pertencem heróis como Luke Skywalker e Han Solo nos filmes. Sete meses depois, Vader faz experimentos com clones de Starkiller, a fim de substituir o pupilo. Contudo, um dos clones escapa e, atormentado por estranhas visões, decide descobrir sua verdadeira identidade.
Apesar de criativo, o mote é mal desenvolvido e carece da tensão e do drama do jogo anterior. Para piorar, personagens clássicos são colocados de forma superficial na trama, a exemplo do mestre Yoda e o caçador de recompensas Boba Fett, desgastando o charme deles e escancarando a falta de inspiração na história. O problema transparece também no design das fases, que apresentam muitos trechos parecidos e poucos desafios.
Ao menos, Force Unleashed II capricha muito no visual e nos controles. Os cenários são amplos e extremamente detalhados, rivalizando facilmente com os ambientes de computação gráfica vistos nos filmes. Animações suaves e efeitos de luz convincentes realçam o tom cinematográfico.
No comando de Starkiller, o jogador tem à disposição vários poderes diferentes da Força (poder místico presente no universo da série) e pode empurrar inimigos e objetos, lançar raios e até mesmo confundir adversários com um truque mental, novidade desta versão. Para completar, os adversários são mais inteligentes, enquanto o protagonista possui pulos e golpes mais precisos -problemas recorrentes no Force Unleashed anterior que a LucasArts tratou de arrumar.
Como o potencial gráfico do Wii é menor do que nas outras plataformas, o visual não é tão bonito, mas para compensar há poderes exclusivos e um modo de partida para vários jogadores. Até quatro pessoas participam de duelos frenéticos, estrelados por diversos personagens da trama, em arenas com várias armadilhas.
Por fim, no Nintendo DS a história ganha ares nostálgicos, e apresenta gráficos mais simples e estilo plataforma em 2D, como nos antigos jogos de Super Nintendo.


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