São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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No centro de SP, lojas fazem desbloqueio ilegal de Playstation 3

Atualização impede que usuário jogue em rede; Sony diz que tenta inibir a fraude

LUCAS SAMPAIO

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Por R$ 50 e em menos de 15 minutos, é possível desbloquear o PlayStation 3 em várias lojas da Santa Ifigênia, região do centro de São Paulo que concentra lojas de produtos de tecnologia.
A Folha visitou pelo menos cinco estabelecimentos que cobram entre R$ 50 e R$ 150 pelo serviço ilegal. Enquanto os jogos originais são vendidos por até R$ 199 -as lojas comercializam tanto os games piratas quanto os originais-, os desbloqueados custam, no máximo, R$ 10.
Segundo pesquisa recente da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado), 52% da população brasileira (74,3 milhões de brasileiros) admitiu ter comprado algum produto pirata em 2011. Para 96% deles, o preço mais em conta foi o principal motivo.

GAMES SEM BLU-RAY
Para vender jogos a R$ 10, os comerciantes tiveram de inovar. Eles copiam o jogo diretamente no videogame do cliente. Como um título pode ocupar até 50 Gbytes de espaço (o PlayStation 3 tem disco rígido de 160 Gbytes), há a opção de comprar um HD externo com vários games. Por R$ 300, é possível comprar um de 500 Gbytes com 45 jogos (menos de R$ 7 cada um).
"O Blu-ray é muito caro", disse um dos vendedores. "É mais fácil copiar o jogo para a HD do PS3 ou então jogar a partir de um HD externo."

JOGATINA OFF-LINE
O desbloqueio do PlayStation 3 foi divulgado em janeiro deste ano, após mais de quatro anos desde seu lançamento. Em resposta, a Sony processou mais de cem pessoas e lançou uma atualização para o console, para que usuários que desbloquearam o aparelho não conseguissem jogar em rede.
"Eu mesmo voltei atrás", disse um outro vendedor. "Tinha desbloqueado meu PlayStation, mas instalei a nova versão porque gosto mais de jogar na internet."
Em nota, a Sony do Brasil disse, sem especificar, que possui parceria com associações representativas do setor, como o Instituto Brasil Legal (IBL), a fim de inibir o comércio informal de produtos eletrônicos no país.


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