São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Moradores de rua se distraem na rede

Postos com computador espalhados por São Paulo entram na rotina de quem mora em albergues ou na rua

Eles usam a rede para jogar, visitar o Orkut, conferir e-mails, acompanhar futebol e procurar emprego


DE SÃO PAULO

Charles Pitts é um morador de rua na cidade de San Francisco, mas isso não o impede de se manter conectado. Ele diz conhecer vários locais secretos na cidade, onde pode usar energia elétrica e internet sem fio sem pagar por nada, segundo o "Wall Street Journal".
No Brasil, o quadro é parecido. Moradores de rua e de albergues de São Paulo passam suas tardes em postos espalhados por todo o Estado, vendo seus e-mails, jogando, estudando e procurando empregos.Tudo isso sem gasto nenhum, apenas fazendo um cadastro.
"O morador de rua geralmente fica o dia todo [no posto], principalmente durante a tarde", explica Pedro de Faria, 63, que trabalha há sete meses no projeto. Ele conta que alguns deles chegam ao local carregados de sacolas, trazendo tudo o que têm.
Jorge Nunes da Silva, morador de um albergue na Bela Vista, diz que usa seus minutos no computador para tentar decolar na política.
Já Ancelmo Moreira Silva, 32, vivendo em albergues desde que se separou da mulher, inclui em sua rotina as oficinas no albergue e tardes na internet. Nos computadores, não esconde sua preferência: os jogos, especialmente a sinuca on-line. Além disso, pela web, ele acompanha notícias sobre seu time de futebol, o São Paulo. (AMANDA DEMETRIO)


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