São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Myspace luta contra a perda de popularidade

Antiga maior rede social do planeta, empresa teve ano decisivo em 2006

Executivo afirma que os prejuízos do site são "inaceitáveis'; tráfego encolhe enquanto a concorrência cresce

BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pouco mais de cinco anos após gastar US$ 580 milhões na sua aquisição, a News Corp descobriu: o Myspace é um problema.
Há duas semanas, o presidente do grupo, Chase Carey, disse que os prejuízos do site são "inaceitáveis e insustentáveis". Os resultados do Myspace, segundo Carey, serão medidos "em trimestres e não em anos".
O declínio, porém, parece inevitável. A cada mês, o tráfego encolhe e a concorrência cresce. Em outubro deste ano, segundo a comScore, o número de visitantes únicos do Myspace caiu 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Facebook e o Twitter cresceram respectivamente 55% e 26%.
E essas perdas já foram piores. Em janeiro de 2009, por exemplo, o Myspace encolheu 28%, enquanto o Facebook cresceu 149% -os números são da Hitwise.
De fato, o ano decisivo na trajetória do Myspace foi 2006. Até setembro daquele ano, o Facebook era um dinossauro confinado em uma gaiola, pois era restrito a universitários americanos.
O Myspace, por outro lado, vivia seu momento mais glorioso: maior rede social do mundo, patrocinador de shows de rock, dono de programa na TV inglesa e semeador de escritórios regionais pelo mundo, inclusive no Brasil. Parecia mesmo que Rupert Murdoch, o dono da News Corp, tinha um bilhete premiado nas mãos.
Mas já naquela época, a rede social carregava rótulos e problemas que ainda persistem: interface complicada e santuário de spam.
Além disso, o Myspace demorou a abrir sua plataforma para que desenvolvedores independentes criassem aplicativos -fator importante para o sucesso do Facebook, que hoje tem mais de 500 milhões de usuários.
Com a sangria de participantes e perdas financeiras, vieram as demissões, o fechamento de escritórios mundiais (o brasileiro incluso) e troca constante de executivos (os últimos dois presidentes ficaram menos de um ano no cargo).
Agora, após reformular o site e o logotipo, aquela que já foi a maior rede social do mundo tenta emplacar como site de entretenimento. Será tarde demais?


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