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Redes com localização atraem crime virtual
Usuários de serviços como Twitter e
Foursquare são potenciais vítimas
Informações tornadas
públicas sobre hábitos e
gostos se transformam
em matéria-prima para
iscas mais eficientes
RAFAEL CAPANEMA
ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS
Por mais insistentes que
sejam, os spams que propagandeiam Viagra barato
nunca interessarão a quem
não tem disfunção erétil.
Uma mensagem prometendo gravações inéditas de
Lady Gaga não convencerá
alguém que não vai com a cara da exótica artista pop a clicar em um link suspeito.
Cada vez mais sofisticados
em suas malevolentes intenções, os cibercriminosos sabem que, quanto mais informações tiverem sobre os gostos e os hábitos de suas potenciais vítimas, maiores serão as chances de fisgá-las.
E redes sociais como o
Twitter e o Foursquare, nas
quais as pessoas divulgam o
que gostam, onde estão e o
que estão fazendo, são hoje
um vasto repositório de eventuais presas para os bandoleiros virtuais.
Quem aponta essa tendência é Dave Marcus, diretor do
McAfee Labs, durante palestra no evento Focus 10, em
Las Vegas, promovido na semana passada pela empresa
de segurança adquirida pela
Intel por US$ 7,7 bilhões.
A rigor inofensivos e bem
intencionados, sites que
agregam posts e fotos publicadas nessas redes sociais
são uma valorosa ferramenta
para os cibercriminosos.
É o caso do sistema de mapas do Bing, mecanismo de
pesquisa do Microsoft, que
permite localizar tuítes publicados recentemente em
uma determinada região.
Bastam alguns cliques para revelar fragmentos do cotidiano de uma pessoa aleatória -o gosto por uma marca
de chocolate, o hábito de ir à
academia, por exemplo.
De posse dessas informações, fica mais fácil se dirigir
à vítima com uma promessa
de algo que lhe interesse diretamente e infectá-la com
um software malicioso que
dará ao criminoso controle
quase irrestrito de sua máquina.
O jornalista RAFAEL CAPANEMA viajou a
convite da McAfee
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