São Paulo, quarta-feira, 21 de julho de 2010

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Combate mortal

Saiba como será a nova versão do sangrento game de luta de rua, que enfrentou um período pouco inspirado e volta com a carga toda

THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Lutadores exóticos, sangue jorrando pela tela, vísceras espalhadas pelo cenário e golpes extremamente violentos. Mortal Kombat está de volta à velha forma e, por seus 18 anos de história, causou comoção popular na E3, feira de games que aconteceu no mês passado nos EUA. Prevista para 2011, a próxima versão da série é um ansiado retorno às origens.
De uns tempos pra cá, a franquia foi pouco convincente em algumas experimentações, que envolveram de gráficos 3D a um embate contra lutadores da DC, como Batman e Super-Homem.
O novo Mortal Kombat não tem grandes pretensões de inovar e coloca os lutadores das primeiras versões da série em ferozes combates.
Figurinhas conhecidas, como Scorpion, Raiden e Sub-Zero, estão de volta e deverão ter a companhia de alguma cara nova, o que ainda não foi confirmado. Até quatro jogadores, divididos em dois times, poderão competir -até mesmo on-line- em lutas nas quais os combatentes se revezam.
A mecânica está concentrada em sequências de golpes que o jogador pode personalizar livremente. Além disso, cada personagem traz consigo seus poderes especiais e características exclusivas, como o arpão de Scorpion ou o raio congelante de Sub-Zero.

BRUTALIDADE
Talvez a adição inédita mais interessante seja um medidor dividido em três segmentos. Cada um deles, quando preenchido, habilita recursos especiais, como melhorar a qualidade dos golpes ou permitir um ataque do parceiro nas lutas em equipe.
Quando o medidor fica cheio até o topo, o jogador pode desferir uma sequência de socos ou chutes em câmera lenta, e o impacto dos golpes é mostrado com uma visão de raio-x. Ou seja, é possível ver ossos quebrando e órgãos sendo esmagados em tempo real.
Outra função do medidor é proporcionar uma chance de virar o jogo durante uma luta aparentemente perdida. É que a barra é preenchida tanto quando o jogador desfere golpes como quando os sofre também. Em resumo, quanto mais se apanha, ao menos neste caso, melhor, pois abre a chance de acionar os golpes com a visão de raio-x.
Para completar, Mortal Kombat utiliza uma versão adaptada da tecnologia gráfica Unreal Engine 3, capaz de entregar um visual de ponta e garantir que todos os sangrentos detalhes do game não passem despercebidos. Os glóbulos vermelhos, por exemplo, espirram nos personagens e nos cenários. E, mesmo que o jogador ganhe o combate, é quase certo que seu lutador não escape ileso e termine a luta com diversas escoriações.
É provável que Mortal Kombat tenha uma longa vida útil, não apenas pelo já citado suporte multijogador mas também por causa do plano de disponibilizar conteúdo para download após o lançamento do game. Nos planos figuram novos golpes de finalização (fatalities), lutadores, cenários e todo tipo de "agrado" que possa satisfazer os fãs e os novos jogadores que provavelmente descobrirão a série por meio desse retorno às origens.


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