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Windows Phone 7 devolve Microsoft ao mercado móvel
Novo sistema operacional ganha elogios pela interface e tenta corrigir o passado errante da empresa no setor
A concorrência, porém, ainda está na frente; dispositivos com o programa só devem chegar ao Brasil em 2011
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nas lojas dos EUA desde o
início do mês, o Windows
Phone 7, novo sistema operacional para smartphones da
Microsoft, já conseguiu uma
proeza: colocar novamente
no mapa da telefonia móvel a
empresa de Bill Gates.
As experiências anteriores
da companhia no setor a deixaram com uma fatia mínima
de consumidores (cerca de
10% até a metade deste ano,
segundo a comScore). E o
pior: levaram a fama de produtos complicados e pouco
amistosos para o usuário.
A solução foi começar do
zero. Ou quase isso. A Microsoft se baseou no Zune HD,
seu tocador de MP3, para
criar um sistema operacional
novo, com design chamativo
e convidativo ao uso.
Os elogios para a nova cara do programa pipocaram
em blogs especializados e em
colunas de veteranos do
mundo tecnológico, como
Walt Mossberg, do "Wall
Street Journal".
Foram vistas também com
bons olhos as integrações do
sistema com o Office, o serviço de música do Zune e a rede
de games Xbox Live.
Em seu primeiro dia nas
lojas, os dez celulares com o
WP7 venderam juntos cerca
de 40 mil unidades, segundo
o site TheStreet. Parece pouco (o iPhone 4 vendeu cerca
de 1,7 milhão de unidades em
seu primeiro fim de semana),
mas, diz o analista da Nielsen
Roger Entner, ainda é cedo
para qualquer análise.
AINDA ATRÁS
O WP7 carrega o número
sete, mas essa se trata apenas
da primeira geração do sistema operacional.
Por isso, apesar do visual,
o WP7 está atrás da concorrência em vários quesitos.
Apple e Google já contornaram alguns desses problemas em versões anteriores do
iOS e do Android.
O WP7, por exemplo, não
faz criptografia das informações no aparelho, o que torna
quase proibitivo seu uso em
ambientes corporativos.
Com isso, apesar de ter dado novo fôlego à Microsoft, o
WP7 precisará de um ritmo
de atualizações forte, como o
Google fez com o Android. Do
contrário, esse poderá ter sido apenas o suspiro da morte
da companhia no setor.
NO BRASIL
Não há data para a chegada do WP7 ao país. A única
certeza é que ela ocorrerá somente em 2011, pois a Microsoft negocia com operadoras
e fabricantes de celular.
Junto com o WP7 também
deve haver o lançamento nacional do Marketplace, a loja
de aplicativos da Microsoft
-eles poderiam, portanto,
ser comprados em reais.
Quem diz isso é Celso Winik,
gerente da área de mobilidade da Microsoft Brasil.
Segundo ele, o plano da
empresa é que os usuários
possam pagar seus aplicativos junto com a conta de celular. Já o serviço de assinatura da rede do Zune, no entanto, não deverá chegar oficialmente ao país -situação
semelhante à do iTunes.
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