São Paulo, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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3G serve como alternativa onde a banda larga fixa não chega

DE SÃO PAULO

Em 2010, o número de acessos à internet por meio de banda larga móvel superou em 51,5% a banda larga fixa, de acordo com levantamento da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações).
Segundo a pesquisa, houve 34,2 milhões de acessos de banda larga no ano passado -sendo 20,6 milhões móveis e 13,6 milhões fixos.
Enquanto a banda larga fixa cresceu apenas 20% (de 11,4 milhões para 13,6 milhões) em relação a 2009, o acesso à internet 3G por meio de smartphones subiu 257%, para 14,6 milhões, e as vendas de modems 3G tiveram aumento de 31%.
Em muitos casos, usuários acabam optando pelo serviço 3G porque não está disponível em sua região a banda larga fixa -geralmente mais estável, mais rápida e com menor preço por Mbps.
Para ter uma ideia, um plano de acesso à internet 3G da Vivo com velocidade de 1 Mbps e franquia de dados de 4 Gbytes sai por R$ 119,90, valor mais do que suficiente para contratar um plano de banda larga fixa sem limite de consumo e com velocidade oito vezes maior.

ALCANCE
Fabio Bruggioni, diretor-executivo residencial da Telefônica, responsável pelo Speedy e pelo Ajato, afirma que, apesar de a empresa estar presente em todos os municípios do Estado de São Paulo, ainda não é capaz de oferecer os serviços de banda larga fixa para entre 10% e 15% dos clientes, por questões técnicas como distância da central.
"Não dá mais para educar um filho hoje sem que ele esteja conectado à internet", diz Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, responsável pelo Virtua.
"Como todo mundo precisa disso [acesso rápido à internet], cada família busca dentro das opções que estão disponíveis naquela região o que melhor atende às suas necessidades."

FIBRA ÓTICA
Segundo Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, a densidade da banda larga fixa no Brasil ainda é muito baixa.
Para que haja um serviço de qualidade e velocidade boas, ele defende que se façam investimentos em redes baseadas em fibra ótica, ainda escassas no país.
"Para viabilizar esse investimento, que é alto, você precisa ter a possibilidade de oferecer outros serviços, como pacotes com televisão por assinatura", afirma.
"Enquanto o Congresso não aprovar o PL 29 (projeto de lei 29), que permite às operadoras de telefonia oferecerem também TV por assinatura, devemos continuar tendo um ritmo de crescimento baixo". (RAFAEL CAPANEMA)


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