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Redes sociais infantis ganham espaço
Sites direcionados oferecem mais segurança e têm filtros de palavras para barrar palavrões e agressores virtuais
TogetherVille é uma espécie de Facebook para crianças; sites brasileiros misturam redes sociais com jogos
ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO
Usuários da internet brasileira com faixa etária entre
seis e 14 anos gastaram 60%
do tempo on-line em sites de
entretenimento, programas
de mensagem instantânea e
de redes sociais, aponta estudo feito pela comScore divulgado em junho deste ano.
Redes sociais voltadas para o público infantil começam a ganhar espaço no
mundo virtual. Uma das
mais recentes é a Together-
Ville (togetherville.com),
que funciona como uma espécie de Facebook para
crianças de seis a dez anos.
Disponível desde maio e
por enquanto apenas em inglês, o site também dá espaço para que os pais participem e monitorem as atividades dos pequenos.
Na intenção de oferecer
uma experiência mais completa, outros endereços eletrônicos combinam jogos e
sites de relacionamento.
É o caso do ClubPenguin
(clubpenguin.com.br), que
funciona também como uma
rede social para as crianças.
A criança pode personalizar um pinguim e passear por
um mundo onde as aves estão no comando -mas tudo
só acontece depois que um
responsável faz o cadastro e
configura que tipo de bate-papo (com filtro de termos ou
apenas frases pré-programadas) poderá ser praticado.
O jovem pinguim pode
conversar e ver os outros
membros da rede andando
pelo mundo virtual.
Também focado na interatividade entre os usuários, o
ToonTown (toontown.com.br) oferece um
ambiente parecido com o de
um RPG on-line, mas bem
simples. A criança pode criar
um avatar animado para explorar o mundo, fazer amizades e enfrentar monstros.
Por sua vez, o Migux (migux.com.br) é um ambiente
virtual aquático em que os
pequenos são peixinhos, escolhem uma casa e têm que
ganhar conchas, que valem
como dinheiro, por meio de
jogos para mobiliar seu espaço.
SEGURANÇA
A dentista Anna Carolina
Perez, 27 anos, é mãe de Pedro, 9. O garoto não desgruda
do computador. "Às vezes,
ele não quer nem almoçar
para ficar na internet ou em
sites de jogos".
Anna, que nunca se preocupou com as atividades do
filho na web, se surpreendeu
recentemente com um perfil
do filho na rede Formspring
(formspring.com), onde o
usuário responde a questões
anônimas. "Tinha muita informação pessoal ali, sobre a
escola, telefone de casa e até
perguntas mais íntimas, sobre o primeiro beijo dele, que
nem eu mesma sabia que tinha acontecido", diz a mãe.
As perguntas podem ter sido atitudes inofensivas de
colegas da criança, mas para
evitar contato com material
pornográfico, vírus ou pedófilos, o ideal é direcionar a
criança para sites especificamente infantis, onde o responsável pode ter maior controle.
(ALEXANDRE ORRICO)
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