São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

HuffPost Brasil deve estrear neste ano

Versão nacional será a 3ã fora dos EUA; fundadora Arianna Huffington vem ao país para escolher parceiro do site

Empresária exalta nova classe média brasileira; portal foi adquirido pela AOL por US$ 315 milhões em fevereiro


Guy Calaf - 23.mai.11/Bloomberg
Arianna Huffington durante o evento TechCrunch Disrupt, em maio, em Nova York

NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA

Arianna Huffington atendeu à ligação da Folha no domingo, quando o furacão Irene atingiu Nova York e ela supervisionava, orgulhosa, a "cobertura ininterrupta" do site que leva seu nome, The Huffington Post.
Presidente do grupo de mídia AOL Huffington Post, criado com a aquisição do site pela AOL por US$ 315 milhões, em fevereiro, ela chega ao Brasil hoje, para escolher um parceiro para lançar o Huffington Post Brasil "antes do fim do ano".
Ela espera "completar as negociações" para revelar nomes, mas, questionada se incluem grupos de TV ou imprensa, adianta que são "de múltiplas áreas, de todo o espectro, não só uma empresa".
O site, o terceiro HuffPost fora dos EUA, após Reino Unido e Canadá, será em português, mas estudos abrangem versão em inglês. "É impressionante quantas pessoas no Brasil falam inglês."

Folha - Já encontrou o parceiro no Brasil?
Arianna Huffington - Estamos tendo uma série de encontros e conversas, e estamos agora no processo de escolher o melhor caminho para prosseguir. Esperamos estrear antes do fim do ano.

O site será como o Huffington Post Canadá?
Sim, uma combinação de quatro coisas: agregação de notícias, com o nosso estilo; um acervo de blogs, com pessoas que são conhecidas e não conhecidas, mas todas interessantes; comentários, para que os leitores possam interagir e participar; e também reportagens originais.

Ele começou como um agregador com blogs, mas agora tem uma redação com centenas de jornalistas. Está mais parecido com uma organização tradicional de mídia?
Não, sempre será uma combinação de notícias, opinião e comentários dos leitores. O coração do Huffington Post sempre foi engajamento. Não é só conversar com os leitores, mas os leitores expressarem suas visões, contarem suas histórias, participando. É realmente a chave que distingue o Huffington Post. É engajamento e é tempo real.

Não se deve então esperar um Huffington Post diário, em papel, no futuro?
Não, só on-line. Há lugar para a imprensa, amo ler meus jornais pela manhã, mas não é o que o Huffington Post representa.

Você já tem alguns blogueiros alinhados?
Temos um bocado de blogueiros em mente, mas precisamos dar o primeiro passo. Vamos fechar nossa parceria e depois enviar os convites.

Grupos de mídia dos EUA e da Europa têm vindo ao Brasil. O que torna esse setor do país tão atraente?
Em primeiro lugar, é por causa do crescimento da classe média. Há uma tamanha explosão de criatividade e atividade econômica que, é claro, isso torna o Brasil o lugar onde tanto as empresas de mídia como as de publicidade querem estar.

Um grupo é a News Corp., de Rupert Murdoch, que estreará o Fox Sports na virada do ano e estuda um braço local da Fox News. Como você vê esse tipo de competição?
Somos on-line. Teremos muitos vídeos, mas tudo o que fazemos se origina on-line. É um modelo diferente. Nosso DNA é engajamento, e esse é o motivo de estarmos tão animados com o Brasil. Há 77 milhões de brasileiros na internet, e uma participação incrível. Os brasileiros são consumidores vorazes de sites de redes sociais, Twitter e blogs. É extraordinário.

FOLHA.com
Leia a íntegra da entrevista com Arianna Huffington
folha.com/no966970


Texto Anterior: André Conti: Minhas heroínas
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.