São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000


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MÁQUINAS
Modelos mais simples desses equipamentos custam R$ 1.950 e R$ 470, respectivamente, e são pouco conhecidos
Brindes e flocagem são pouco explorados

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No ramo de máquinas, um dos problemas é a concorrência. Para driblá-la, a saída é investir em setores pouco explorados, como o de equipamentos para impressão em brindes e o de flocagem (acabamento em veludo).
A empresária Luciana Ferreira, 30, faz a impressão em brindes há três anos. "Investi R$ 8.000 em três máquinas. O último equipamento foi pago em 30 dias."
Sua empresa, a SF Brindes Personalizados, localizada em São Caetano (Grande São Paulo), fatura R$ 40 mil por mês. Segundo Luciana, com as eleições, a demanda por seus produtos aumentou cerca de 70%.
Para Fernando de Araújo, 39, dono da Dantas Brindes, em São Bernardo do Campo (também na Grande São Paulo), o faturamento depende da época do ano.
"Geralmente fica em torno de R$ 10 mil, mas no final do ano o movimento cresce", diz Araújo.
Segundo ele, as vantagens são a facilidade de operar o equipamento sozinho e o uso da criatividade na hora de imprimir.
"A área é gostosa para trabalhar, pois envolve um pouco de marketing no momento de decidir sobre os motivos dos brindes."
A máquina de impressão mais barata custa R$ 1.950 e faz 500 peças por hora, imprimindo uma cor de cada vez. Já a mais cara custa R$ 42 mil, com capacidade para 1.500 peças coloridas por hora.
"As opções de personalização em brindes são muitas, pois o equipamento imprime em qualquer superfície", diz o proprietário da Ima Print, Felipe Baez, 40.
Segundo Baez, o retorno do investimento acontece em aproximadamente seis meses.

Flocagem
Outro negócio que, embora esteja há 12 anos no mercado, ainda é pouco conhecido é a flocagem.
O investimento no ramo varia de R$ 470 -preço de equipamento para iniciantes que produz 500 peças por dia- a R$ 950 -valor da máquina industrial que faz 2.000 unidades diárias.
A matéria-prima utilizada é o pó de náilon (fios cortados em partes pequenas) e a cola acrílica.
"O mercado de flocagem é extenso. Usa-se em artesanatos, interior de carros, convites de formatura, plásticos, papéis, camisetas, entre outros", diz a dona da Flock Color, empresa que vende as máquinas, Célia Yshii, 39.
Kleber Martins, 29, dono da Flock Still, na zona leste de São Paulo, está apostando no setor automobilístico. "Todos os carros têm os porta-luvas flocados. Muitos têm o teto e outros detalhes que precisam da técnica. É um mercado a ser explorado."
A margem do empresário é de 45%, em média, e o faturamento começa em R$ 30 mil, podendo chegar a R$ 90 mil, no final do ano, quando aumenta a procura.
Outra empresa, a LC Toledo Acessórios, na zona leste de São Paulo, floca cachorrinhos de brinquedo, entre outros produtos. Só com esse artigo, seu lucro chega a R$ 1.900.
"Próximo ao mês de dezembro, investimos em enfeites para árvores de Natal. O ganho com cada peça é superior a 100%", diz a administradora Juliana Toledo, 24.

Urnas funerárias
O equipamento serve também para aveludar urnas funerárias, como faz a empresa Santa Rita, localizada em Bilac (540 km a noroeste de São Paulo).
"Comprei a máquina devido a uma exigência do mercado, pois os clientes pediam as urnas aveludadas. Na hora da venda, as flocadas saem 10% mais caras", diz o proprietário da empresa, José Bruschetta, 36.


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