free-lance para a Folha

O Banco do Brasil vai promover na próxima sexta-feira, dia 28, em São Paulo, um leilão de 76 lotes compostos por imóveis. Entre as ofertas, estão fazendas e chácaras localizadas nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo.
A maior parte dos terrenos -tanto em áreas rurais como em zonas urbanas- é proveniente do pagamento de dívidas de clientes do banco.
A compra dos imóveis pode ser voltada tanto para utilização comercial como particular.
De acordo com João de Souza Simão, consultor da Ernani Félix Leilões, empresa responsável pelo evento, a soma dos terrenos em leilão tem um valor estimado em R$ 10 milhões.
No ano passado, a empresa realizou quatro leilões de imóveis para o Banco do Brasil.
Nesse leilão de imóveis, o primeiro do ano promovido pelo banco, devem comparecer cerca de 200 pessoas, segundo estimativa do leiloeiro.
Ele afirma ainda que os principais participantes desse tipo de evento são os consumidores finais, atraídos pelos preços baixos para a aquisição de imóveis para uso próprio. Outro grupo de participantes é composto por representantes de imobiliárias.
O número de investidores também é grande, segundo Simão. "Eles contam com capital de reserva para a compra de propriedades por preços baixos e depois repassam os imóveis com grande margem de lucro."

Ofertas
Os lotes mais caros do leilão estão situados em Campo Grande (MS). São duas fazendas de 27 mil m2, que serão arrematadas por, pelo menos, R$ 765 mil.
Por outro lado, os terrenos mais baratos ficam em Sinop (MT). São três lotes com lance mínimo de R$ 1.400.
No Estado de São Paulo, as ofertas vão de um apartamento em Campinas a uma chácara em Amparo, passando por galpões industriais em Sorocaba e um lote de 25 mil m2 situado em Sumaré.

Parcelamento
Os imóveis poderão ser adquiridos com parcelamento, mediante entrada de 5% a 20% do valor proposto, mais a comissão do leiloeiro -5% do valor arrematado.
O saldo devedor, em prestações mensais, pode ser feito de três formas.
Para os lotes de maior liquidez, ou seja, os imóveis mais valorizados, a entrada é de 20% do valor total, com o restante em 120 parcelas mensais corrigidas pelo IRP (Índice de Remuneração de Poupança) e juros de 1% ao mês.
Para os imóveis de média liquidez, a entrada é de 15%, com o restante em 120 parcelas mensais corrigidas pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e juros de 1% ao mês.
Já os imóveis de menor liquidez serão pagos com entrada de 5% do total, com o restante em 180 parcelas mensais, juros de 0,5% ao mês e variação conforme o IGP-M.