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País se agita entre Ocidente e Oriente

Multiétnica, a Turquia, que oscila entre a tradição islâmica e a modernidade laica, elegeu governo conservador

Em 15 anos, população de Istambul dobrou; ali, o trânsito pelas ruas e avenidas é intenso a qualquer hora do dia

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Entre o aeroporto Atatürk e a área turística de Istambul, o trânsito é carregado e há bandeirolas turcas, encarnadas, com o crescente e a estrela, em toda parte. Em quinze anos, a população dobrou na megalópole turca, onde vivem 14 milhões de pessoas.

Com 80 milhões de habitantes e uma área de 814.578 km2, a Turquia é estratégica, fértil e montanhosa. Tem sua maior cidade, Istambul, plantada ­diante dos dois lados do estreito de Bósforo.

Antiga capital dos impérios bizantino, romano e otomano, Istambul foi historicamente habitada por muitos povos: da Ásia Menor vieram os turcos, que eram nômades, e se fixaram no século 13, constituindo desde então a base da população.

O país também recebeu expressivos contingentes de persas, vindos do atual território do Líbano, de árabes, que para lá afluíram durante o Império Otomano, e também de uma minoria sefardita, judeus que para lá foram viver na época da Inquisição.

Muitos desses judeus habitavam no bairro de Gálata, em Istambul, onde há uma torre que foi construída pelos genoveses lá pelos idos de 1261.

Hoje, os judeus de Istambul somam 80 mil pessoas, pois, com o recrudescimento do islamismo, foi intensa a migração à Israel e aos EUA.

Têm ainda origem curda 20% da população turca -e as relações entre turcos e curdos nem sempre foi pacífica.

TURISMO É PRIORIDADE

Como o idioma turco soa intransponível para o visitante, quem visita Istambul não nota conflitos étnicos e políticos. Expansivos, os turcos são vendedores natos, estão acostumados com o turismo, setor prioritário num país cravejado de atrações históricas e geográficas.

O principal jornal de Istambul, o "Taraf" (ou "de lado"), é um dos poucos que afrontam o governo conservador do primeiro-ministro Tayyip Erdogan e que tocam em temas espinhosos, como as relações israelo-palestinas e o massacre dos armênios (que eram cristãos), e que ocorreu em 1915, durante a Primeira Guerra (1914-1918).

Findo o conflito mundial, teve início entre os turcos o movimento militar que culminou na proclamação da República da Turquia em 1923.

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