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Trânsito caótico e serenidade nos templos impõem ritmo ao Vietnã

Maior cidade do país, Ho Chi Minh, antiga Saigon, atualmente leva nome de líder comunista

Colonização francesa pode ser vista em cafés, bulevares e baguetes; domínio chinês está em templos e 'Chinatown'

BRUNA HADDAD
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM HO CHI MINH

A tranquilidade reina no aeroporto de Ho Chi Minh uma sexta-feira antes do Natal. Um oficial comunista em uniforme militar recebe documentos de visitantes que aguardam em meio ao tédio por passaportes carimbados.

Mas essa, que vem a ser a primeira impressão na chegada à antiga Saigon, passará rapidamente.

Na saída do aeroporto, um mar de motocicletas impede a passagem do ônibus municipal que segue em direção ao centro da cidade, que muitos ainda chamam de Saigon.

A cidade foi renomeada Ho Chi Minh em homenagem a Ho em 1975, após a vitória do Exército comunista do Norte sobre as tropas sul-vietnamitas e norte-americanas.

Com 9 milhões de habitantes, Ho Chi Minh é o centro econômico e a maior cidade do Vietnã, mas não possui linhas de metrô, e o transporte público se resume a ônibus, que tentam se encaixar entre as 3,5 milhões de motos.

A cidade de hoje lembra pouco a Saigon colonial, sob o domínio francês, onde, em 1914, nasceu a cineasta e escritora Marguerite Duras.

Por lá, na década de 1950, passou o fotógrafo Robert Capa durante a Guerra da Indochina -que resultou na independência e divisão do país em Norte e Sul. Convidado pela revista "Life", Capa morreu registrando o conflito, ao pisar numa mina, em 1954.

BAGUETES E TEMPLOS

Resquícios de história se espalham por seus bairros. Os bulevares, assim como os cafés e as baguetes, denunciam a colonização francesa. A influência chinesa está nos templos em Cholon, a "Chinatown" de Ho Chi Minh, ricos em contrastes entre as paredes de madeira esculpida e raios de sol que cruzam a fumaça de incensos.

Ho Chi Minh caminha apressada, mas seus moradores param pela manhã, nas mesas baixas nas calçadas, para comer pho, e, mais pela tarde, para tomar um forte café com leite condensado.

Ao sair do trabalho, param de novo em um dos templos da cidade e acendem incensos; depois, continuam no caminho para casa. Minutos de serenidade antes de voltar para o zumbido das motocas.

FOLHA.com

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